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sábado, 9 de julho de 2022

FORMAÇÃO DO SISTEMA SOLAR



A formação do Sistema Solar durante o Hadeano iniciou-se com a  contração da Nebulosa Solar original, provavelmente devido às ondas de choque de uma supernova próxima. Seguiu-se o colapso gravitacional da Nebulosa Solar num disco rotativo com a maior parte da massa concentrada no centro, na forma de gás hidrogênio (H2), firmando o proto-Sol. A compactação gravitacional continuou até que se iniciou a fusão nuclear de hidrogênio em hélio (He), com liberação contínua de luz e calor pelo Sol.

Partículas de poeira de composição diversa, vestígios de estrelas extintas, acumularam-se num disco de acreção proto-planetário ao redor da estrela nascente. Os mais antigos materiais sólidos do Sistema Solar são inclusões ricas em cálcio e alumínio (Calcium-Aluminum-rich Inclusions – CAIs), com idades de até 4,566 bilhões de anos, encontradas em meteoritos condritos carbonáceos, as quais estabelecem uma data-limite inicial para a formação planetária. 

Materiais rochosos e metálicos conseguiram se solidificar nas temperaturas mais elevadas próximo do Sol, enquanto o vento solar varria os materiais mais leves como água (H2O), amônia (NH3) e metano (CH4) para longe, onde as temperaturas mais baixas permitiram sua solidificação.

Grãos de poeira grudaram uns nos outros até que os planetesimais ficassem grandes o bastante para começar a atrair material com seus próprios campos gravitacionais. Seu crescimento desenfreado levou a dezenas de proto-planetas que se chocavam violentamente uns com os outros. A Terra e a Lua formaram-se, segundo a hipótese do Big Splash, quando um proto-planeta de tamanho aproximado ao de Marte colidiu com outro com cerca de metade do tamanho da Terra atual. Esse impacto deixou a Terra 2/3 completa e atirou grande quantidade de material em sua órbita, o qual se condensou para formar um satélite natural. 

O proto-Vênus parece ter sofrido também um grande impacto no princípio de sua formação, que foi capaz de inverter o sentido de rotação do planeta. No entanto, como nenhuma lua se formou nesse caso, a colisão deve ter se dado de tal modo que o material ejetado para o espaço se precipitou de volta sobre sua superfície; os dois proto-planetas se fundiram completamente.

A energia das colisões entre os grandes proto-planetas juntamente com o decaimento radioativo de seus materiais formativos geraram uma grande quantidade de calor, de tal modo que os planetas teriam sido inicialmente derretidos. O material mais denso – ferro (Fe) e níquel (Ni) fundidos – afundou para se tornar os núcleos dos planetas, ao passo que material menos denso compôs os mantos. O material de menor densidade – basicamente silicatos – formou uma espécie de escória superficial, o magma, cuja solidificação ocorreu à medida que os planetas esfriaram, originando as crostas planetárias. 

O ferro da proto-Terra já teria sido drenado para o núcleo quando o grande impacto formador da Lua aconteceu, e o núcleo de ferro do outro proto-planeta afundou e fundiu-se com o da proto-Terra. Desse modo, o material que formou a Lua era originário de mantos rochosos, carentes de ferro, o que explica sua densidade mais baixa que a da Terra.

Os primeiros planetas a se formarem na parte mais externa da Nebulosa Solar agregaram ainda boa parte do material volátil presente nessa região, originando os planetas gigantes gasosos – Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Outros mundos formados nessa área acabaram capturados gravitacionalmente por estes gigantes, tornando-se suas luas. 

Por terem se formado em regiões mais distantes, esses últimos frequentemente possuem muito gelo de água e de amônia, tanto em suas crostas quanto em seus mantos. É provável que o manto da lua Europa, de Júpiter, seja um oceano de água, é possível que mares de metano e etano líquidos banhem a gélida superfície da lua Titã de Saturno, coberta por densa atmosfera rica em hidrocarbonetos.

As superfícies de vários corpos planetários revelam que até cerca de 3,8 mil milhões de anos os mundos recém-formados foram continuamente bombardeados por detritos meteóricos. Por fim, plantésimos que não se agregaram permaneceram no Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter, no Cinturão de Kuiper, além de Netuno, ou foram catapultados gravitacionalmente por Júpiter para a Nuvem de Oort, nos confins do Sistema Solar. 

Os do primeiro grupo têm composição rochosa ou metálica, enquanto os dos dois últimos têm bastante gelo em sua composição, bem como vários compostos de carbono (C), nitrogênio (N) e enxofre (S). Caso suas órbitas os levem às regiões internas do Sistema Solar, seu gelo é volatilizado pela energia do Sol e carregado pelo vento solar, formando uma cauda brilhante – são os cometas.

Fonte: Internet

sábado, 11 de junho de 2022

ORIGEM DA TERRA

 


O Sol é uma estrela de 2ª ou 3ª geração. A nuvem que deu origem ao sistema solar continha elementos de praticamente toda a tabela periódica.

A maior parte do hidrogênio e hélio da nuvem, 99,86% da massa do sistema solar, concentrou-se no Sol.

O disco de acreção em torno do Sol era formado de gás e poeira. A maior parte do gás que sobrou formou os planetas gigantes gasosos. A poeira foi-se juntando em pedaços cada vez maiores, até terem gravidade suficiente para tornar-se asteroides e protoplanetas.

O início do sistema solar foi um palco de muitas colisões. Modelos sugerem a existência de pelo menos mais um planeta gigante gasoso, que teria sido ejetado do sistema pela gravidade de Júpiter e Saturno. A gravidade do maior planeta não permitiu que se formasse um planeta onde hoje encontra-se o Cinturão de Asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, onde o maior corpo é o planeta anão Ceres.

No processo de acreção, as rochas colidiam e, ao juntarem-se, aumentavam a gravidade. A partir de uma certa massa, os corpos tornam-se esféricos. As colisões produziam energia, por isso os núcleos dos planetas rochosos são mais pesados do que suas crostas, pois tudo derretia e os elementos mais pesados afundavam em direção ao centro.

Quando as coisas pareciam estar acalmando, um planeta mais ou menos do tamanho de Marte que estava na mesma órbita chocou-se com a Terra. Esse planeta, apelidado Tétis, não sobreviveu. Parte de seu núcleo foi incorporado pela Terra, e o que sobrou, junto a parte da crosta terrestre, formou um anel em torno do planeta. Novamente aconteceu o processo de acreção, e esse disco acabou por formar a nossa Lua.

A Terra Hadeana

Subdivisões do Ímbrico

Sistema/Período Série/Época Andar/Estágio Idade (Ma)

Arqueano Eratosteniano mais recente

Hadeano Ímbrico Ímbrico Superior 3850-3400

Ímbrico Inferior 3880-3850

Nectárico 3920-3880

Grupos Basin 4150-3920

Críptico 4570-4150

A Terra primordial era provavelmente muito quente devido à liberação de energia mecânica durante o processo de acreção planetária, em especial a fase final das grandes colisões, e ao decaimento radioativo de elementos em seu interior. A fusão do interior do planeta permitiu que o ferro mais denso afundasse para o centro, formando um núcleo pesado; o material menos denso, rico em silicatos, ascendesse para a superfície, formando um oceano de magma; e o material entre o núcleo e o magma, com densidades variáveis, formasse o manto do planeta. 

O oceano de magma, ao esfriar, formou uma camada de crosta basáltica semelhante ao assoalho dos oceanos atuais, talvez em apenas uns poucos anos ou décadas. Mas qualquer fina crosta que se formasse seria destroçada pelas frequentes colisões meteoríticas; somente quando o bombardeio meteorítico pesado abrandou, a crosta planetária pôde se estabilizar.

A diferenciação dos materiais fundidos da Terra primitiva teria também permitido a liberação de componentes gasosos formados em seu interior. Vulcões modernos liberam gases quando o magma é trazido à superfície, os quais nos indicam a composição da atmosfera primordial da Terra: vapor d’água (H2O), gás carbônico (CO2), monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), cloreto de hidrogênio (HCl), nitrogênio (N2) e hidrogênio (H2) molecular. 

A atmosfera da Terra hadeana foi provavelmente rica em CO2, talvez tanto quanto as atmosferas de Vênus e de Marte. O efeito estufa resultante foi importante para manter a Terra moderadamente aquecida após a consolidação de sua crosta; na época, o jovem Sol tinha cerca de 80% de sua luminosidade atual, o que causaria condições glaciais no globo sob as pressões terrestres, se não fosse pelo efeito-estufa da atmosfera hadeana.

É provável que a Terra tenha adquirido parte de sua água e das substâncias necessárias às reações precursoras da vida a partir de colisões com cometas. O vapor d’água teria se condensado na atmosfera terrestre e chovido de volta sobre a superfície, cobrindo a crosta primitiva com lagos, mares e por fim oceanos. O ciclo das chuvas teve um importante papel no resfriamento do planeta: ao evaporar, a água absorvia calor do oceano de magma exposto à atmosfera ou coberto pela tênue crosta; mais tarde, ao se condensar na alta atmosfera, a água irradiava esse calor para o espaço.

Grãos de silicato de zircônio incrustados em rochas metamórficas do grupo Warrawoona na Austrália ocidental foram datados em até 4,4 bilhões de anos, indicando que por essa época uma crosta estava se consolidando. Também pela análise química desses grãos, pesquisadores concluíram que o mineral apenas poderia ter se formado na presença de água líquida, portanto num ambiente de temperaturas superficiais abaixo de 100 ºC e acima de ºC, considerando que a pressão atmosférica de então não fosse muito diferente da que é atualmente. A interação entre a rocha e a água deve ter ocorrido entre os eventos cataclísmicos que fundiam grandes porções, mas não mais a totalidade, da crosta terrestre. Esses impactos continuaram intensos até o fim do Hadeano.

Vida Hadeana

Desse modo, a Terra foi o único mundo no Sistema Solar em que, nas fases finais do processo de formação planetária, se criaram condições propícias ao surgimento da vida, a saber, temperaturas e pressões adequadas para a presença perene de água líquida em sua superfície, mantida por um ciclo hidrológico que inclui o gelo dos pólos e o vapor da atmosfera. A água pôde atuar como solvente de substâncias químicas diversas, em especial compostos de carbono, que puderam reagir mais facilmente, inaugurando rotas bioquímicas que culminaram no aparecimento dos primeiros seres vivos.

Fonte: Internet



segunda-feira, 30 de maio de 2022

QUAIS AS MANEIRAS DE UMA ESTRELA MORRER

 

SUPERNOVA

Estrelas morrem em explosões épicas. Há duas maneiras de uma estrela morrer.

Estrelas de pequeno e médio porte morrem quando seu combustível (o hidrogênio) acaba. Conforme o hidrogênio é usado, ele torna a fusão mais lenta no núcleo da estrela. 

Com menos fusão empurrando para fora, a gravidade força a estrela a implodir. Mas a fusão reage, aquecendo as camadas externas da estrela. Quando se aquece um gás, ele expande. Assim sendo, a estrela se expandirá, tornando-se uma gigante vermelha. 

Nessa fase, a estrela engole tudo que está ao redor. Ela está se autodestruindo; seu núcleo torna-se perigosamente instável. Sem hidrogênio para queimar, a estrela começa a queimar hélio e transformá-lo em carbono. A estrela está se destruindo de dentro pra fora, emitindo ondas violentas de energia de seu núcleo para a sua superfície. 

Essas ondas energéticas explodem a camada externa da estrela; lentamente, ela se desintegra. Nesse ponto, a estrela se transforma em uma anã branca – o processo de fusão é interrompido, e resta apenas um núcleo extremamente denso e quente.

Já as estrelas maciças morrem de outra maneira. Estrelas maciças geram pressões e temperaturas maiores que qualquer parte do universo. A gravidade nelas é tão forte que pode comprimir e fundir átomos cada vez maiores. 

O núcleo de uma estrela maciça é como uma fábrica que produz elementos cada vez mais pesados. Quando fabrica o elemento Ferro, a estrela está condenada. 

O ferro absorve energia. No momento em que uma estrela maciça cria ferro, ela tem apenas segundos de vida. A estrela descarrega energia naquela bola de ferro, tentando criar uma fusão, mas não consegue; a bola de ferro está roubando energia da estrela, e é essa energia que mantém a própria estrela viva, então ela morre. 

O núcleo de ferro desmorona, as camadas externas da estrela caem sobre si mesmas e uma explosão enorme é gerada – a supernova. 

É o evento mais violento do universo, gera mais energia que o sol vai gerar em toda a sua vida. Após isso, o que resta são as estrelas de nêutrons, astros extremamente densos que podem vir a formar buracos negros.

Fonte: Internet

segunda-feira, 16 de maio de 2022

VIA LÁCTEA

 


Você sabia que não dá para fazer um selfie da nossa galáxia? Aquelas fotos mostrando a Via Láctea e com uma setinha apontando para uma estrela falando “você está aqui” são falsas porque ninguém nunca saiu da Galáxia. O Sol é uma das 200 bilhões de estrelas da Via Láctea situadas em um dos seus braços. Ele, ou melhor, o Sistema Solar todo, ficam girando ao redor do núcleo e, apesar de não sentirmos, vamos a uma alta velocidade de 230 km/s.

São 230 milhões de anos para completar um ano galáctico, ou seja, uma volta completa. Se levarmos em conta que o Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos, dá pra calcular que já fizemos isso 19 vezes.

2. A Via Láctea não é só um simples disco:

A Via Láctea é considerada uma galáxia de tamanho médio, tem por volta de 100 mil anos-luz de diâmetro e um halo (estrutura esférica que envolve o disco) ao seu redor que se estende por 800 mil anos-luz de distância. O legal do halo é que, apesar de parecer praticamente vazio, ele hospeda 150 aglomerados globulares — e cada um deles tem mais de 100 mil estrelas.

À esquerda, a Via Láctea representada vista de cima. No centro do disco, há uma estrutura em forma de barra com 13 mil anos-luz de diâmetro, formada principalmente por estrelas. À direita, nossa galáxia é vista no plano do disco. Ao redor da Via Láctea, vê-se o halo, que hospeda 150 aglomerados globulares, cada um deles com mais de 100 mil estrelas.

3. A Via Láctea não é um ralo:

Lá no núcleo da Galáxia vive um monstrinho interessante, um buraco negro com 4 milhões de vezes a massa do Sol. Não é dos maiores, tem galáxia com monstros de mais de bilhões de vezes a massa do Sol, mas o nosso está crescendo. Sabemos que tem estrelas desaparecendo lá perto e isso quer dizer que tem gás sendo consumido também.

Mas será que um dia vamos cair dentro do buraco negro junto com o Sol? Não! Os buracos negros só exercem influência na região bem próxima a eles e nós estamos a mais de 28 mil anos-luz de distância. Teríamos que estar a apenas 0,0013 anos-luz do buraco negro (17 vezes o raio do Sol) para corrermos qualquer perigo de ser engolidos. Ufa!

4. Não conhecemos nem 1% de todas as estrelas da Via Láctea:

Além das 200 bilhões de estrelas, nossa galáxia tem também outros componentes como planetas, poeira e gás. Mas quando observamos o céu noturno, vemos apenas 5 mil dessas estrelas com nossos olhos. As outras estão muito longe e não conseguimos enxergar a olho nu. Precisamos do auxílio de telescópios terrestres e satélites para localizá-las.

Hoje em dia, já catalogamos mais de 2 bilhões de estrelas com o satélite GAIA. Mas ainda faltam muitas e nem sabemos se um dia catalogaremos todas. Provavelmente não, pois a poeira interestelar funciona como uma parede, dificultando a passagem da luz das estrelas mais distantes

Fonte: Internet

sexta-feira, 13 de maio de 2022

SAGITARIUS A* ESTRELA


 


Karl Jansky foi a primeira pessoa a determinar que um sinal de rádio estava vindo de um local no centro da Via Láctea, na direção da constelação de Sagitário. Sgr A* foi descoberto em 13 e 15 de fevereiro de 1974 pelos astrônomos Bruce Balick e Robert Brown usando o interferômetro de linha de base do Observatório Nacional de Rádio Astronomia. O nome Sgr A * foi cunhado por Brown em um artigo de 1982, porque a fonte de rádio era "excitante" e estados excitados de átomos são indicados com asteriscos.

Em 16 de outubro de 2002, uma equipe internacional liderada por Rainer Schödel do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre relatou a observação do movimento da estrela S2 perto de Sagitário A * durante um período de dez anos. De acordo com a análise da equipe, os dados descartam a possibilidade de que Sgr A * contenha um conjunto de objetos estelares escuros ou uma massa de férmions degenerados, reforçando a evidência de um buraco negro supermaciço.

Sagitarius A* Estrela

As observações de rádio de VLBI de Sagitário A* também poderiam ser alinhadas centralmente com as imagens para que S2 pudesse ser vista orbitando Sagitário A*. Ao examinar a órbita Kepleriana de S2, determinaram que a massa de Sagitário A* era de 2,6 ± 0,2 milhões de massas solares, confinadas num volume com um raio não superior a 17 horas-luz (120 UA). Observações posteriores da estrela S14 mostraram que a massa do objeto era cerca de 4,1 milhões de massas solares dentro de um volume com raio não maior do que 6,25 horas-luz (45 UA) ou cerca de 6,7 bilhões de quilômetros.

Após monitorar órbitas estelares ao redor de Sagitarius A * por 16 anos, Gillessen et al. estimou a massa do objeto em 4,31 ± 0,38 milhões de massas solares. O resultado foi anunciado em 2008 e publicado no The Astrophysical Journal em 2009. Reinhard Genzel, chefe da pesquisa, disse que o estudo apresentou "o que agora é considerado a melhor evidência empírica de que os buracos negros supermassivos realmente existem." As órbitas estelares no Centro Galáctico mostram que a concentração central de massa de quatro milhões de massas solares devem ser um buraco negro, além de qualquer dúvida razoável."

Em 5 de janeiro de 2015, a NASA informou ter observado um raio X 400 vezes mais brilhante do que o normal, um disjuntor de registros, de Sgr A *. O evento incomum pode ter sido causado pela quebra de um asteroide caindo no buraco negro ou pelo emaranhamento de linhas de campo magnético dentro do gás que flui em Sgr A *, de acordo com os astrônomos.

O buraco negro no centro da Via Láctea se chama Sagitário A* e provavelmente se formou antes da galáxia e foi quem orientou a formação dela ao seu redor.

Ele já é um buraco negro bem calmo, porque já jantou a maioria das estrelas que havia no centro galáctico e engordou para valer. Fez uma limpa no centro da Via Láctea. Hoje ele tem em torno de 4,3 milhões de massas solares e isso foi medido pela aceleração que ela provoca em uma estrela bem próxima, chamada de S2. O diâmetro da região onde está o buraco negro e de 140 UA, ou 140 vezes a distância da Terra ao Sol.

As estrelas rodam ao redor do centro de massa galáctico, que deve coincidir ou estar bem próximo do Sagitário A*, mas as estrelas também interferem umas nas outra. Então a atração gravitacional e que da o movimento das estrelas na galáxia não depende só do Sagitário A*, mas de todas as estrelas, cuja massa é muito maior que o próprio buraco negro. Estima-se que existam 200 bilhões de estrelas na via láctea.

Normalmente o tamanho da galáxia é proporcional ao tamanho do buraco negro. Quanto maior ele é, maior é a galáxia ao redor dele. Há uma buraco negro de 40 bilhões de massas solares Na galáxia Messier 87.  Nesse caso, os buracos negros são realmente muito menos estranhos do que as pessoas imaginam.

A essência de um buraco negro é que ele é uma grande quantidade de massa compactada em um espaço pequeno, muito menor do que é possível para um objeto feito de átomos ou qualquer tipo de partícula. A pequenez de um buraco negro é fundamental: significa que, em essência, você pode se aproximar muito mais da fonte gravitacional de um buraco negro do que de qualquer objeto tradicional. Como resultado, sua gravidade superficial atinge a velocidade da luz e os objetos que caem nunca mais voltam – pelo menos até onde sabemos.

Mas a natureza extrema de um buraco negro se manifesta apenas perto do horizonte de eventos, o limite que marca o ponto sem retorno do buraco negro. De uma grande distância, um buraco negro é como qualquer outro objeto com a mesma massa. Não tem nenhum poder mágico para sugar as coisas. Sua gravidade é como a gravidade de qualquer outra coisa. A diferença está inteiramente no que acontece com estrelas ou planetas (ou naves espaciais rebeldes) que se aproximam do horizonte de eventos – aqueles que se aproximam demais da fonte, por assim dizer.

Como exemplo, considere o que aconteceria com a Terra se o Sol fosse subitamente substituído por um buraco negro exatamente da mesma massa: nada! Quer dizer, não haveria Sol e tudo ficaria escuro, é claro, mas a Terra orbitaria exatamente como antes. Não seria sugado para o buraco negro. Da nossa distância, o Sol e um buraco negro de massa igual são exatamente a mesma coisa, gravitacionalmente falando.

Sagitário A*, o buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea, funciona da mesma maneira. Tem uma massa cerca de 4 milhões de vezes a do Sol, compactada em um espaço de apenas 25 milhões de quilômetros de diâmetro, menos da metade do tamanho da órbita de Mercúrio. Qualquer estrela que se aproxime de Sagitário A* será triturada e engolida. Mas qualquer estrela localizada a uma distância significativa simplesmente orbitará muito rapidamente em torno desse objeto massivo. Na verdade, os astrônomos da UCLA mapearam as órbitas dessas estrelas enquanto elas giram em torno do buraco negro:

E lembre-se, estas são estrelas que estão bem na vizinhança do buraco negro. Estamos a 26.000 anos-luz de distância. Do nosso ponto de vista, Sagitário A* é pouco mais do que um pontinho dentro da massa muito maior de estrelas, gás e poeira na galáxia.

4 milhões de massas solares é muito, mas no geral a protuberância central da nossa galáxia tem uma massa de cerca de 20 bilhões de sóis. O buraco negro supermassivo da Via Láctea contribui com apenas 1/5.000 da massa e 1/5.000 da atração gravitacional, do centro de nossa galáxia.

O buraco negro não pode nos sugar, assim como todas as outras estrelas e gases no centro de nossa galáxia não podem nos sugar. Nosso movimento orbital através da galáxia nos mantém em um arranjo estável. Ter um buraco negro na mistura não faz diferença no equilíbrio entre movimento e atração gravitacional.

Corey S. Powell e Internet

Autor de livros, jornalista, ex-editor-chefe do Discover.

domingo, 8 de maio de 2022

A HISTÓRIA DO LINUX

 

O Minix é uma versão do Unix,porém, gratuita e com o código fonte disponível. Isso significa que qualquer programador experiente pode fazer alterações nele. Ele foi criado originalmente para uso educacional, para quem quisesse estudar o Unix em casa. No entanto, vale citar que ele foi escrito do “zero” e apesar de ser uma versão do Unix, não contém nenhum código da AT&T e por isso pode ser distribuído gratuitamente. A partir daí, “entra em cena”, Linus Torvalds.



Ele era um estudante de Ciências da Computação da Universidade de Helsinki, na Finlândia. E em 1991, por hobby, Linus decide desenvolver um sistema mais poderoso que o Minix. No mesmo ano, ele disponibilizou a versão do kernel (núcleo dos sistemas operacionais) 0.02 e continuou trabalhando até que em 1994, quando disponibilizou a versão 1.0. O Linux é um sistema operacional livre, e é uma reimplementação das especificações POSIX (padronização da IEEE, Instituto de Engenharia Elétrica e Eletrônica) para sistemas com extensões System V e BSD. Isso significa que o Linux, é bem parecido com Unix, mas não vem do mesmo lugar e foi escrito de outra forma.


GNU é um sistema operacional tipo Unix idealizado por Richard Stallman. Este sistema operacional começou em 1984 quando Stallman teve a ideologia de criar um sistema operacional completamente livre. Em 1991 o sistema operacional GNU já possuia diversos programadores e softwares, porém, necessitava de um núcleo (“kernel”). Este impasse foi resolvido adotando o Kernel Linux de Linus Tor valds aos softwares GNUs.Desde então algumas pessoas adotam o termo GNU/Linux para creditar os softwares GNU que estão no núcleo Linux.

Distribuições de Linux.

Só o kernel GNU/Linux não é suficiente para se ter uma sistema funcional, mas é o principal. Existem grupos de pessoas, empresas e organizações que decidem distribuir o Linux junto com outros programas essenciais (como por exemplo editores gráficos, planilhas, bancos de dados, ambientes de programação, formatação de documentos, firewalls, etc). Este é o significado básico de distribuição.
Cada distribuição tem sua característica própria, como o sistema de instalação, o objetivo, a localização de programas, nomes de arquivos de configuração, etc. A escolha de uma distribuição é pessoal e depende das necessidades de cada um


A primeira “distro” conhecida por HJ Lu
A maneira como usamos as distribuições Linux hoje remontam a 1992, quando as primeiras ferramentas conhecidas para distribuição de acesso ao Linux foram lançadas por HJ Lu. Consistia em dois disquetes de 
5,25 ”: Para instalar o 0.12 em um disco rígido, era preciso usar um editor hexadecimal para editar seu registro mestre de inicialização (MBR). Portanto, era um processo bastante complexo, especialmente naquela época.


DISCO DE BOOT LINUX 0.12 : O primeiro disco de “boot” foi usado para inicializar o sistema.  LINUX 0.12 ROOT DISK : O segundo disco “raiz” era para obter um prompt de comando para acesso ao sistema de arquivos Linux após a inicialização.  MCC Interim Linux  Em 1992, outra distribuição do Linux foi montada por Owen Le Blanc, do centro de computação de Manchester, e ficou conhecida como MCC Interim Linux. Era uma coleção de disquetes que, uma vez instalados no seu sistema, ofereciam um ambiente básico do UNIX, em terminal.


O MCC Interim Linux foi a primeira distribuição Linux para usuários iniciantes. Assim, havia um instalador com menu e ferramentas de programação/usuário final. Também na forma de uma coleção de disquetes, ele poderia ser instalado em um sistema para fornecer um ambiente baseado em texto básico.
O MCC Interim Linux era muito mais amigável que 0.12 e o processo de instalação em um disco rígido era muito mais fácil e semelhante aos modos modernos. Não foi necessário usar um editor hexadecimal para editar o MBR. Embora tenha sido lançado em fevereiro de 1992, também estava disponível para download via FTP desde novembro daquele ano.


Algum tempo depois, a primeira distribuição a possuir interface gráfica foi lançada pela universidade A&M do Texas. Chamada de TAMU-1.0A, o uso da interface gráfica era inicial e as configurações usadas faziam com que uma fumaça saísse do monitor, em alguns casos. Ambas essas distribuições foram desenvolvidas para uso interno das universidades.

MCC Interim Linux 0.99p10+ de 1993
TAMU Linux 1.0D

A primeira distribuição comercial do Linux foi a Yggdrasil. Por comercial, entende-se que tinha o público em geral como seu usuário. Lançada em dezembro de 1992 por uma empresa de Berkeley, na Califórnia, a Yggdrasil foi a primeira distribuição a trazer o conceito de Live CD, o qual permite utilizar o sistema diretamente do CD-ROM distribuído, sem a necessidade de instalá-lo no disco rígido. A distribuição era anunciada como “Plug and Play” (conecte e jogue), uma vez que ela detectava o hardware do usuário e se configurava usá-lo automaticamente.


CR-ROM do Yggdrasil 1993

Em maio de 1992, a Softland Linux System (SLS) foi lançada por Peter Mac Donald. Essa foi a primeira distribuição Linux largamente reconhecida e usada. Foi o primeiro grande avanço para a adoção do Linux e chegou a dominar o mercado até que seus desenvolvedores tomaram a decisão de mudar o formato dos arquivos executáveis. Essa mudança não foi bem recebida pelos usuários e, na mesma época, Patrick Volkerding adaptou, modificou e ajustou a distribuição SLS, criando uma nova, que ele chamou de Slackware. Com as direções tomadas pela SLS, o Slackware rapidamente a substituiu e se tornou a distribuição dominante. Ainda hoje, o Slackware é usado.


SLS (Softlanding Linux System
Slackware 1.01 (1993) con twm - Linux 0.99

Entre 1991 e 1995, diversas distribuições surgiram e se foram. Alguns nomes conhecidos atualmente, como Red Hat, Debian, TurboLinux e SuSE se tornavam populares. Com as novas interfaces gráficas desenvolvidas, como o Gnome e o KDE, as distribuições de Linux chegaram até mesmo a usuários comuns. Desde então, o Linux atrai mais e mais usuários oferecendo sistemas operacionais gratuitos, eficientes e completos.
Em 1996, Linus Torvalds anunciou que o Linux tinha um mascote, um pinguim. A escolha deu-se por uma menção de Linus ao pinguim da espécie Little Penguim, vista por Linus em uma visita ao National Zoo & Aquarium, em Camberra, na Austrália. Larry Ewing esboçou os primeiros rascunhos do mascote que conhecemos hoje. O nome do mascote foi sugerido por James Hughes, como uma derivação de Torvalds’ UniX (TUX).


A primeira distribuição Linux brasileira

A Conectiva foi uma companhia fundada em 28 de agosto de 1995 em Curitiba, Paraná, Brasil, por um grupo de amigos, em sua maioria funcionários públicos do Banco do Brasil, juntamente com Arnaldo Carvalho de Melo, que foi um pioneiro em distribuições Linux e softwares livres no Brasil e em toda a América Latina.
Além da distribuição Linux para o mercado da América Latina, a Conectiva desenvolveu uma série de produtos e outros serviços direcionados ao mercado de utilitários para softwares livres, incluindo livros, manuais, e softwares adicionais como o Linux Tools e suporte a toda a América Latina através de seus centros de serviços e parceiros. O conhecido gestor de pacotes Synaptic, ainda hoje largamente utilizado, foi originalmente desenvolvido pela Conectiva. Também publicava a Revista do Linux, com periodicidade mensal.


A Conectiva também providenciou desenvolvimento, customização e serviços profissionalizantes em todo o mundo através de seu grupo de engenheiros de softwares livres. Este grupo tinha conhecimentos em, além de outras, as seguintes áreas: desenvolvimento do Kernel do Linux, drivers de dispositivos, desenvolvimento do XFree86 (uma implementação do X11, bibliotecas de interface gráfica e acesso às redes), de protocolos de internet, de firewalls, e clustering (técnica em que diversos computadores trabalham interligados para realizar a mesma tarefa conjuntamente), analise de desempenho e optimização, sistemas de arquivos e gerenciamento de recursos.

Em 24 de Janeiro de 2005 foi anunciado que a empresa MandrakeSoft tinha adquirido a Conectiva por 1,79 milhão de euros. Em 7 de abril de 2005 a MandrakeSoft anunciou a mudança do nome da companhia para Mandriva e suas distribuições para o nome de Mandriva Linux (no Brasil, somente Mandriva).
O Conectiva Linux, juntamente com o Kurumin, foram as distribuições GNU/Linux brasileiras mais populares.

Fonte Internet
Geraazevedo

quarta-feira, 4 de maio de 2022

PERIGO DO ESPAÇO

 

Meteorito de Chelyabinsk fará com que humanidade crie sistema de defesa antiasteroide?


Há quase 5 anos, a cidade russa de Chelyabinsk, que fica perto dos montes Urais que dividem a Europa da Ásia, foi alvo de um fenômeno natural excepcional. A Sputnik Brasil viajou para a região para ver com os seus próprios olhos e mostrar aos leitores o maior pedaço achado desse corpo celeste e descobrir mais sobre o ocorrido.
Revelado plano que poderia salvar Terra do impacto catastrófico de asteroides
Sabe-se que, além de planetas, asteroides e cometas, o Sol é orbitado por inúmeros meteoritos que, ao entrar na atmosfera do nosso planeta, se destroem e criam um rastro iluminado que se chama bólide e que causou o pasmo dos habitantes da cidade na manhã de 15 de fevereiro de 2013.


A Sputnik Brasil visitou uma das maiores universidades e centros de pesquisa da região, a cátedra de Teoria Física da Universidade Estatal de Chelyabinsk, e falou com Sergei Zamozdra, astrofísico e ex-participante da expedição que se ocupou de encontrar os pedaços do corpo celeste no lago de Chebarkul.

O cientista contou-nos que o meteorito de Chelyabinsk foi, literalmente, recolhido por toda a região, com milhares de pedaços pequeninos e grandes, dado que o peso total dos achados se somou em cerca de uma tonelada. Além disso, a maior parte do corpo celeste, que levou os habitantes da área a pensar sobre o possível início de uma guerra nuclear, é o quarto maior meteorito rochoso que alguma vez atingiu a Terra.


Sergei Zamozdra, astrofísico e ex-participante da expedição ao lago de Chebarkul, segura um pedaço de meteorito que encontrou durante as buscas
© Sputnik / Ekaterina Nenakhova


Será que algumas pesquisas ainda se estão levando a cabo, sendo que o meteorito se alastrou por um território tão vasto?
Pouco a pouco, claro, pois [os restos do meteorito] constituem material para ser investigado. Já que foram encontrados tantos fragmentos, o meteorito "voou" por todo o mundo, para diferentes laboratórios. Primeiro, foram enriquecidas as coleções de colecionadores privados, bem como as coleções cientificas. Segundo, realizam-se pesquisas, por exemplo, sobre a dureza dos pedaços. É uma das questões mais importantes — qual é a dureza dos meteoritos, por disso depender quantos fragmentos produziriam, que território abrangeriam, pois caso seja muito duro, o corpo celeste não se destruiria, chocaria contra a Terra e criaria uma cratera enorme. […] Claro que isso seria muito mais perigoso, pois ele [um tal meteorito] pode destruir um grande edifício e matar pessoas.


Cometa poderia mudar trajetória e ameaçar a Humanidade

 Nesse sentido ele foi muito propenso a se rachar, provavelmente tinha gelo, algumas pedras rachadas, pois isso não houve grandes danos. Porém, a onda de choque causou prejuízos, por exemplo, caiu um antigo muro em uma das fábricas, foram quebradas centenas de janelas e algumas pessoas ficaram ensurdecidas por algum tempo.
Por mais cínico que pareça, se pode dizer, verdadeiramente, que tais casos são uma espécie de prenda para os cientistas, pois estes ganham uma oportunidade inédita de fazer novas descobertas. Por exemplo, sublinha Zamozdra, tais corpos celestes ajudam a encontrar novas ligas de metais. No caso do meteorito de Chelyabinsk, esperava-se encontrar uma liga de ferro e níquel em proporção de 50/50.


Objeto alienígena' ilumina o céu noturno do Canadá

"É uma liga muito rara, sua peculiaridade consiste em que ela preserva os dados sobre o campo magnético por muito tempo. Ainda dentro de um Sistema Solar muito jovem, quando se formavam os asteroides, o campo magnético ficou gravado lá que nem em um disco rígido. Contudo, não conseguimos encontrar essa liga no nosso meteorito", conta o cientista, adiantando que em tais casos também se tenta achar combinações orgânicas, pois os meteoritos alegadamente teriam capacidade de transportar esporos de bactérias e até vegetais de outros planetas.
Entretanto, não são apenas os cientistas que mostraram interesse pelo fenômeno natural. Após a queda, na região se deu uma verdadeira "febre do meteorito", quando centenas de pessoas se entregaram ao calor da busca científica e se lançaram à "caça ao desconhecido" em florestas logo após a neve se derreter.


Bola de fogo sobre os céus da Russia

Sim, há. É preciso apenas que as pessoas parem [de gastar], ou pelo menos gastem menos com armamentos e guerras, e destinem uma parte, pelo menos uns 5-10 por cento, ao desenvolvimento de tal sistema. Mas para isso se deve, primeiro, convencer as autoridades que isso é importante, que há uma ameaça pendente e, segundo, provar que já existem métodos. Teoricamente, os meios já foram produzidos, pois, "podemos lançar um míssil, fazer explodir uma bomba"… Já há mísseis, já há bombas, apenas falta fazê-lo. Por exemplo, foi escrito este livro [apresentando o manual "Conceito de mísseis do sistema de defesa antiasteroide da Terra"], pois temos na nossa região o Centro Estatal de Mísseis do Acadêmico Makeev, lá se produzem os mísseis estratégicos e ele tem todo o conhecimento para produzir mísseis que tenham capacidade para atingir asteroides."Caso ele tivesse voado do lado oposto, poderia ter sido detectado com 12 horas de antecedência por algum telescópio, o Hubble, por exemplo, ou por algum outro telescópio potente. Mas quando voa do lado do Sol, tudo fica encandeado, não há nada a fazer. Por isso, claro, é preciso colocar telescópios no espaço, para que estes vigiem todo o céu desde pontos especiais, onde não fiquem cegados pelo Sol", explica o pesquisador russo.

A propósito, houve algum tipo de cooperação com a NASA no processo de buscas e investigações?
Houve, sim, na nossa universidade há um professor, Nikolai Gorkavy, que também é funcionário da NASA. Ele fez a análise da poeira que ficou após a queda do meteorito de Chelyabinsk e provou que essa poeira voou em torno de toda a Terra, criou um cinturão em torno do nosso planeta. Ao longo de 3 meses, o satélite Suomi tem vigiado esse círculo. […] Além disso, o professor descobriu fibras entre as partículas, uma espécie de fios de vidro. Essa também foi uma descoberta sem precedentes no mundo.
S: Se entendi bem, você também participou da expedição de buscas. Sabe-se que levou bastante tempo para encontrar o maior pedaço do meteorito dentro da cratera. Por que aconteceu isso?


SZ: Quanto ao maior fragmento, se conhecia onde ele caiu, mas não o conseguiram tirar logo daí. Ele caiu no lago de Chebarkul e criou uma cratera de oito metros de diâmetro. O problema é que o lago é muito antigo e tem uma grossa camada de lodo. Há 10 metros de água e outros 10 metros de lodo, por isso os mergulhadores não conseguiam detectar nada por muito tempo. Foi preciso criar uma grande escavação, de 30 metros, mas não foi logo, foi depois de 6 meses, no outono [o meteorito caiu em fevereiro].

De fato, cria-se uma impressão que a região dos Urais tem uma certa "sorte" no que se trata de quedas dos corpos celestes, podemos relembrar o meteorito Kunashak de 1949 ou o evento de Tunguska de 1908. O cientista frisa que ao longo do último século houve cerca de 5 fenômenos dessa espécie que ocorreram nas áreas próximas a Chelyabinsk.

Porém, na verdade isso tudo é apenas uma ilusão, pois meteoritos, segundo os cientistas, caem por todo o território terrestre em proporções mais ou menos equilibradas. A coisa é que causam repercussão apenas nas zonas densamente povoadas, dado que a maior parte do planeta está coberto por oceanos e desertos, por exemplo. Além disso, se detectam com mais frequência nos territórios onde há "redes de bólides", inúmeras câmeras que vigiam o céu 24 horas por dia, explica Zamozdra.


Maior pedaço do meteorito de Chelyabinsk encontrado em 2013 no lago de Chebarkul (foto de arquivo)

"Trata-se da Europa, particularmente, onde há a rede de bólides mais densa do mundo. Há também nos EUA, na Austrália. Aqui, na Rússia, tal rede apenas começa a ser construída pelos nossos colegas da Universidade Federal dos Urais", revelou.
O cientista também relembrou o chamado "tunguska brasileiro", ou seja, um fenômeno natural que ocorreu na Amazônia em 1930 e foi muito parecido ao incidente análogo na Rússia. Na época, os habitantes locais ficaram tão assustados com a explosão e o incêndio consequente que o consideraram como um prenúncio do Armageddon, alguns até começaram tomando veneno com o pânico. O mistério comum em ambos os casos foi a ausência de pedaços achados.

Tal efeito se cria quando cai um corpo muito friável, mais provavelmente foi o núcleo de um cometa ou, de fato, uma parte do núcleo. É gelo sujo constituído por dióxido de carbono e água misturados com grãos de areia. À altura de cerca de 10 km, ele simplesmente explode e a Terra é alcançada apenas por ar quente, bem como por um relâmpago forte que incendeia a vegetação. Passados vários minutos, chega uma onda de choque de ar quente. Parece que no Brasil ocorreu a mesma coisa. […] Os meteoritos sempre caíram. Por exemplo, há a famosa Cratera do Arizona [Cratera de Barringer] nos EUA, lá também tem muitos mitos sobre esse meteorito.
Entre as pessoas comuns às vezes dá para ouvir teorias que não houve nenhum meteorito, mas sim testes de uma nova arma, por exemplo, estadunidense. Eu própria já ouvi falar sobre isso. Como você poderia comentar tais suposições bem extravagantes?

 São teorias que não têm nada a ver com ciência. Primeiro, foi encontrado um grande número de lascas, fragmentos, e pedrinhas mesmo. Caso contrário, teríamos encontrado pedaços de ferro, equipamentos eletrônicos, aqui há apenas material natural. Segundo, se tivesse ocorrido uma explosão nuclear, teríamos detectado altos níveis de radiação. […] No lago estava tudo limpinho. […] Ou seja, descartamos uma hipótese nuclear. Contudo, os armamentos convencionais não teriam produzido tal efeito, pois a potência da explosão [do meteorito de Chelyabinsk] foi equivalente a 30 bombas de Hiroshima. Estes são os principais argumentos.

© Sputnik / Ekaterina Nenakhova

GERAAZEVEDO


segunda-feira, 2 de maio de 2022

FRUSTRAÇÃO


 

Quem me conhece não me vê como uma pessoa com preconceitos, mas sou muito honesto ao dizer que certas condutas sociais me desagradam muito. Enquanto vemos algumas autoridades, agindo de maneira pouco honesta ou com demagogia, dizendo que vai resolver todos os problemas do cidadão e no fim nada resolve aumentando apenas os custos do Estado, acredito que tudo tem que ter um limite. Limite este que parece não estar mais cabendo na cabeça da sociedade e na vida dos cidadões...

Cada um tem o direito de fazer da sua vida o que quiser, mas este direito termina onde começa o do outra pessoa, e isso é uma coisa que quase todo mundo sabe mas não pratica. Um cidadão tem o direito de se sentir discriminado podendo até mesmo brigar na justiça pelo seus direitos.

Muitas vezes erramos ao planejar o dia porque queremos tudo ao mesmo tempo. Não é preciso dizer que esta não é a maneira correta para que nos estejamos satisfeitos com nossa maneira de agir.

Uma pessoa frustrada produz uma barreira na comunicação. Inconscientemente ela bloqueia o que lhe é dito, A pessoa frustrada não vê solução para os problemas que lhe são apresentados diariamente, O que lhe provoca um negativismo muito grande, podendo ser assimilado por outras pessoas facilmente influenciáveis.

O homem precisa acreditar mais em si mesmo, em sua capacidade ao invés de dar ouvidos a assuntos sem interesse. E para que comecemos a confiar mais em nós mesmos, é preciso que ele mude sua rotina, iniciando pelo seu despertar...

Antes de levantarmos da nossa cama é muito importante que oremos a Deus por mais este dia que se inicia. É importante que ele pense no que se pode fazer para melhorar o dia de hoje. e viver bem, pois a vida é a única coisa que vale a pena e não podemos voltar atrás e recomeçar.

Chegar-nos ao fim de um dia com aquela sensação de paz e de dever cumprido, não é difícil assim, desde que sejamos justos com as nossas maneira de agir.

Deixando de lado as ressentimentos e frustrações, aprendemos a trabalhar com as ferramentas intelectuais que temos ao nosso alcance, isso é mais importante do que qualquer coisa na vida.

Geraldo de Azevedo

domingo, 24 de abril de 2022

A ENGANAÇÃO DO MARKETING DIGITAL

Por que eu não quero mais saber de Marketing Digital?
Por que a maioria dos 'experts digitais' são uma fraude.
Não caiam no engodo dos 'experts' em marketing digital, eles podem acabar com sua carreira ou seu negócio.

Passei mais de um ano tentando vender alguma coisa, sem vender nem uma palha, apenas tendo despesas com "cursos" que "ensinam" a vender, muitos pagos e outro grátis do You Tube, o que foi que descobri? A maioria vende mas os próprios cursos que "ensinam" Mais nada.

Marketing digital não passa de um grande engodo, é preciso ser muito otário para acreditar, nenhuma das pessoas que anunciam na internet, "fiquei rico" são realmente ricas, senão não estariam na internet tentando vender "cursos" de vendas e tentando convencer a estudar Marketing Digital.

Realmente, algumas pessoas tem sucesso porque vendem estes "cursos" e os otários que acreditam compram para depois saírem por ai vendendo os mesmos "cursos" com apenas pequenas modificações.
De tempos pra cá, algo bizarro vêm acontecendo no mercado digital. Autorotulados 'experts',  'Especialistas Digitais', 'mentores', ou qualquer outra terminologia ridícula, criaram um mercado de promessas  milagrosos.

A característica principal dos enganadores é a promessa de resultado rápido, mesmo sem alcançarem nenhum resultado em suas carreiras. Longe de serem bem sucedidos no mundo real, usam a Internet  como palanque, espalhando toneladas de posts diários com as mais ridiculas mentiras seguindo fórmulas manjadas de engajamento. Além de dicas banais que faz qualquer trouxa cair na cilada do empreendedorismo digital.

Apesar de estar um ano estudando e seguindo a risca todos os "Ensinamentos" e ter blgs e sites para colocar anúncios, nunca consegui vender nada no nicho de E-books de cursos, nenhum sobre vendas digitais, apenas tendo despesas com cursos enganadores e cliques no Google e pinterest, nenhum resultado no Facebook e instagran.

Geraazevedo