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sábado, 11 de junho de 2022

ORIGEM DA TERRA

 


O Sol é uma estrela de 2ª ou 3ª geração. A nuvem que deu origem ao sistema solar continha elementos de praticamente toda a tabela periódica.

A maior parte do hidrogênio e hélio da nuvem, 99,86% da massa do sistema solar, concentrou-se no Sol.

O disco de acreção em torno do Sol era formado de gás e poeira. A maior parte do gás que sobrou formou os planetas gigantes gasosos. A poeira foi-se juntando em pedaços cada vez maiores, até terem gravidade suficiente para tornar-se asteroides e protoplanetas.

O início do sistema solar foi um palco de muitas colisões. Modelos sugerem a existência de pelo menos mais um planeta gigante gasoso, que teria sido ejetado do sistema pela gravidade de Júpiter e Saturno. A gravidade do maior planeta não permitiu que se formasse um planeta onde hoje encontra-se o Cinturão de Asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, onde o maior corpo é o planeta anão Ceres.

No processo de acreção, as rochas colidiam e, ao juntarem-se, aumentavam a gravidade. A partir de uma certa massa, os corpos tornam-se esféricos. As colisões produziam energia, por isso os núcleos dos planetas rochosos são mais pesados do que suas crostas, pois tudo derretia e os elementos mais pesados afundavam em direção ao centro.

Quando as coisas pareciam estar acalmando, um planeta mais ou menos do tamanho de Marte que estava na mesma órbita chocou-se com a Terra. Esse planeta, apelidado Tétis, não sobreviveu. Parte de seu núcleo foi incorporado pela Terra, e o que sobrou, junto a parte da crosta terrestre, formou um anel em torno do planeta. Novamente aconteceu o processo de acreção, e esse disco acabou por formar a nossa Lua.

A Terra Hadeana

Subdivisões do Ímbrico

Sistema/Período Série/Época Andar/Estágio Idade (Ma)

Arqueano Eratosteniano mais recente

Hadeano Ímbrico Ímbrico Superior 3850-3400

Ímbrico Inferior 3880-3850

Nectárico 3920-3880

Grupos Basin 4150-3920

Críptico 4570-4150

A Terra primordial era provavelmente muito quente devido à liberação de energia mecânica durante o processo de acreção planetária, em especial a fase final das grandes colisões, e ao decaimento radioativo de elementos em seu interior. A fusão do interior do planeta permitiu que o ferro mais denso afundasse para o centro, formando um núcleo pesado; o material menos denso, rico em silicatos, ascendesse para a superfície, formando um oceano de magma; e o material entre o núcleo e o magma, com densidades variáveis, formasse o manto do planeta. 

O oceano de magma, ao esfriar, formou uma camada de crosta basáltica semelhante ao assoalho dos oceanos atuais, talvez em apenas uns poucos anos ou décadas. Mas qualquer fina crosta que se formasse seria destroçada pelas frequentes colisões meteoríticas; somente quando o bombardeio meteorítico pesado abrandou, a crosta planetária pôde se estabilizar.

A diferenciação dos materiais fundidos da Terra primitiva teria também permitido a liberação de componentes gasosos formados em seu interior. Vulcões modernos liberam gases quando o magma é trazido à superfície, os quais nos indicam a composição da atmosfera primordial da Terra: vapor d’água (H2O), gás carbônico (CO2), monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2), cloreto de hidrogênio (HCl), nitrogênio (N2) e hidrogênio (H2) molecular. 

A atmosfera da Terra hadeana foi provavelmente rica em CO2, talvez tanto quanto as atmosferas de Vênus e de Marte. O efeito estufa resultante foi importante para manter a Terra moderadamente aquecida após a consolidação de sua crosta; na época, o jovem Sol tinha cerca de 80% de sua luminosidade atual, o que causaria condições glaciais no globo sob as pressões terrestres, se não fosse pelo efeito-estufa da atmosfera hadeana.

É provável que a Terra tenha adquirido parte de sua água e das substâncias necessárias às reações precursoras da vida a partir de colisões com cometas. O vapor d’água teria se condensado na atmosfera terrestre e chovido de volta sobre a superfície, cobrindo a crosta primitiva com lagos, mares e por fim oceanos. O ciclo das chuvas teve um importante papel no resfriamento do planeta: ao evaporar, a água absorvia calor do oceano de magma exposto à atmosfera ou coberto pela tênue crosta; mais tarde, ao se condensar na alta atmosfera, a água irradiava esse calor para o espaço.

Grãos de silicato de zircônio incrustados em rochas metamórficas do grupo Warrawoona na Austrália ocidental foram datados em até 4,4 bilhões de anos, indicando que por essa época uma crosta estava se consolidando. Também pela análise química desses grãos, pesquisadores concluíram que o mineral apenas poderia ter se formado na presença de água líquida, portanto num ambiente de temperaturas superficiais abaixo de 100 ºC e acima de ºC, considerando que a pressão atmosférica de então não fosse muito diferente da que é atualmente. A interação entre a rocha e a água deve ter ocorrido entre os eventos cataclísmicos que fundiam grandes porções, mas não mais a totalidade, da crosta terrestre. Esses impactos continuaram intensos até o fim do Hadeano.

Vida Hadeana

Desse modo, a Terra foi o único mundo no Sistema Solar em que, nas fases finais do processo de formação planetária, se criaram condições propícias ao surgimento da vida, a saber, temperaturas e pressões adequadas para a presença perene de água líquida em sua superfície, mantida por um ciclo hidrológico que inclui o gelo dos pólos e o vapor da atmosfera. A água pôde atuar como solvente de substâncias químicas diversas, em especial compostos de carbono, que puderam reagir mais facilmente, inaugurando rotas bioquímicas que culminaram no aparecimento dos primeiros seres vivos.

Fonte: Internet



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