Powered By Blogger

quinta-feira, 22 de abril de 2021

ASTRONOMIA


Astrônomos

Astrônomos são cientistas que estudam o universo e os objetos dentro dele. Há tantas coisas interessantes para aprender no Universo que os astrônomos freqüentemente se tornam especialistas que se concentram em galáxias, estrelas, planetas, regiões formadoras de estrelas, o Sol, a busca pela vida ou a origem e evolução do Universo como um todo.
Copérnico desenvolveu um modelo heliocêntrico de nosso sistema solar, colocando o sol no centro e a Terra orbitando-o e, ao fazê-lo, virou a cabeça para a maioria das visões de mundo predominantes da época.

Embora um modelo heliocêntrico tivesse sido apresentado por várias mentes brilhantes do mundo do Islã, da Índia e da Grécia, Copérnico o expôs no Ocidente de tal maneira que era impossível para o mundo ignorar.
Pouco depois de Copérnico, o astrônomo Galileu Galilei expandiu as visões de Copérnico. Ele tornou o telescópio substancialmente mais eficaz do que tinha sido, permitindo ao astrônomo fazer observações muito mais detalhadas, incluindo a visualização de crateras na lua, manchas solares e quatro das luas de Júpiter.

Galileu era um católico devoto e, de fato, viajou a Roma para mostrar as luas de Júpiter ao Colégio Jesuíta Romano como evidência do modelo heliocêntrico copernicano.
A Igreja rejeitou os pontos de vista de Galileu e acabou por considerá-lo altamente suspeito de heresia e colocado em prisão domiciliar.

Sir Isaac Newton, além de muitas outras realizações, era um astrônomo influente. Muitas de suas observações o levaram a desenvolver algumas de suas grandes teorias de movimento, gravitação e dinâmica física.

Edmond Halley, um astrônomo do século 18, concebeu uma teoria de órbitas para cometas. Ele usou essa teoria para prever um cometa em 1682, que seria nomeado em sua homenagem como Cometa de Halley.

Uma das distinções históricas fundamentais de um astrônomo é sua confiança na observação para apresentar teorias. É provável que por esse motivo o astrônomo seja uma figura tão romântica para a maioria das pessoas.
Na era moderna, duas coisas maravilhosas aconteceram no campo da astronomia: a qualidade aumentou e o preço caiu. Isso permitiu que toda uma nova onda de astrônomos surgisse, mas esses geralmente são amadores.

Astrônomo é uma das profissões mais antigas em ciências. Durante séculos, as pessoas admiravam a beleza do céu noturno, desejando aprender o que são as estrelas e outros objetos celestes e como o Universo “funciona”.
 Os astrônomos são viajantes do tempo – eles olham para o passado, quando o Universo nasceu. Eles observam a luz vinda de estrelas, sistemas planetários e galáxias que foram formadas para nós na Terra. Mas, na realidade, leva tanto tempo para que a luz chegue até nós na Terra, que até o momento, alguns desses objetos podem não existir mais.

Os astrônomos tentam entender o comportamento da matéria, estudam as condições que existem apenas no espaço e não podem ser encontradas na Terra e descobrem as partículas envolvidas nesses processos. Para isso, os astrônomos realizam pesquisas teóricas e práticas. Eles criam teorias e realizam experimentos e observações que se complementam.

Os pesquisadores constroem modelos computacionais que são modelos matemáticos baseados em equações teóricas, que permitem simular e visualizar o comportamento de sistemas complexos e estudar processos físicos, analisando diferentes parâmetros.
Usando modelos, os astrônomos podem simular, por exemplo, a atmosfera marciana ou a interação entre um exoplaneta e sua estrela parental.

PRINCIPAIS ASTRÔNOMOS


COPERNIO

No século 16, na Polônia, o astrônomo Nicolau Copérnico (1473 – 1543) propôs um modelo do sistema solar em que a Terra girava ao redor do sol. O modelo não era totalmente correto, já que os astrônomos da época ainda tinham dificuldade em determinar a órbita de Marte, mas acabou mudando completamente a nossa visão do sistema solar. O pai da astronomia moderna revolucionou o pensamento ocidental ao tirar o homem do centro do universo (antropocentrismo), e por isso foi considerado um herege pela Igreja. 



GALILEU

Nascido na Itália, Galileu Galilei (1564 – 1642) é muitas vezes creditado com a criação do telescópio óptico, embora na verdade ele tenha apenas melhorado modelos existentes. O astrônomo, físico, matemático e filósofo usou a nova ferramenta de observação para descobrir as quatro luas principais de Júpiter (hoje conhecidas como luas de Galileu), bem como os anéis de Saturno. E, apesar de um modelo da Terra girando em volta do sol ter sido primeiramente proposto por Copérnico, levou algum tempo para a teoria ser amplamente aceita, e Galileu é mais conhecido por defendê-la. Galileu acabou sob prisão domiciliar no final de sua vida por causa disso.


EINSTEIN

No início do século 20, o físico alemão Albert Einstein (1879 – 1955) tornou-se de um dos mais famosos cientistas do mundo, depois de propor uma nova maneira de olhar para o universo além da compreensão atual. Einstein sugeriu que as leis da física são as mesmas em todo o universo, que a velocidade da luz no vácuo é constante, e que o espaço e o tempo estão ligados em uma entidade conhecida como espaço-tempo, que é distorcida pela gravidade




AWKING

Stephen Hawking (nascido em 1942) fez muitas descobertas significativas no campo da cosmologia. Ele propôs que, como o universo tem um começo, provavelmente também terá um fim. Hawking acredita que o mundo não tem nenhum limite ou fronteira. Apesar de ser visto como uma das mentes mais brilhantes desde Einstein, muitos dos livros de Hawking são adaptados e direcionados para o público em geral, já que ele procura educar as pessoas sobre o universo.

UBBLE


O astrônomo americano Edwin Hubble (1899 – 1953) calculou que uma bolha pequena no céu existia fora da Via Láctea. Antes de suas observações, a discussão sobre o tamanho do universo era dividida quanto à possibilidade ou não de existir apenas uma galáxia. Hubble determinou também que o universo estava se expandindo, um cálculo que mais tarde ficou conhecido como lei de Hubble. Suas observações de várias galáxias levaram a criação de um sistema padrão de classificação usado até hoje. Um dos telescópios espaciais mais famosos do mundo leva seu nome, o Telescópio Espacial Hubble, apontado para o céu com o objetivo de estudar o universo.




KEPLER

Usando medições detalhadas do caminho dos planetas feitas pelo astrônomo dinamarquês Tycho Brahe, Johannes Kepler (1571 – 1630) determinou que os planetas viajavam ao redor do sol em elipses, não círculos. Para chegar a essa descoberta, ele calculou três leis que envolvem os movimentos dos planetas, que os astrônomos usam em seus próprios cálculos até hoje. Kepler agora é o nome de uma sonda, um observatório espacial projetado pela NASA que procura planetas extrassolares.


AS PRINCIPAIS FERRAMENTAS USADAS PELOS ASTRÔNOMOS SÃO:

Telescópios – usados para coletar emissões de luz
Espectrógrafos – usados para dividir a luz em um espectro para determinar a temperatura, composição e velocidade dos objetos espaciais

Câmeras – conectadas a telescópios e usadas para coletar imagens
Naves espaciais – câmeras e telescópios são colocados a bordo para coletar imagens de objetos espaciais
Computadores – usados para analisar dados recebidos de telescópios e naves espaciais

Os astrônomos usam todas essas ferramentas com bastante frequência, especialmente telescópios, além de aplicar muita física e matemática.
Eles são capazes de usar uma variedade de telescópios para observar objetos no Universo – alguns desses telescópios estão localizados aqui no planeta Terra e outros são enviados ao espaço.
Somente os planetas mais próximos (todos dentro do nosso Sistema Solar) podem ser alcançados por naves espaciais.
Portanto, telescópios ou satélites em órbita terrestre são invocados para nos indiretamente fornecer informações sobre todos os outros objetos celestes, observando a luz emitida ou refletida Os telescópios captam luz de objetos distantes e vamos vê-los “de perto”.
É através da coleta e análise detalhada dessa luz que os astrônomos são capazes de desvendar alguns dos muitos mistérios do Universo. Se, de fato, o principal objetivo usar um telescópio é coletar essa luz para que o astrônomo possa analisar e interpretar esses dados.
Um exemplo de telescópio usado pelos astrônomos é o Telescópio Espacial Hubble. Pode ver a uma distância de vários bilhões de anos-luz.
O mais distante que o Telescópio Espacial Hubble já viu até agora é de 10 a 15 bilhões de anos-luz de distância.
Várias galáxias do Campo Profundo do Hubble que os astrônomos são capazes de ver são bilhões de anos atrás, porque é esse o tempo que a luz levou para chegar até nós.

Existem diferentes campos da astronomia, e a maioria dos astrônomos escolherá se concentrar em apenas um.
Alguns exemplos desses campos são astronomia solar, astronomia planetária, astronomia estelar, astronomia galáctica, astronomia extragalática e cosmologia.
A astronomia também pode ser dividida de acordo com seus vínculos com outros ramos da ciência, pois pode aplicar física, biologia e geologia para explicar a origem e evolução do espaço, estrelas e corpos celestes.
Esses quatro subcampos são: astrofísica, astrometria, astrogeologia e astrobiologia.

Fonte: coolcosmos.ipac.caltech.edu/www.careerexplorer.com/www.sciencekids.co.nz/www.wisegeek.org/www.space-awareness.org/www.environmentalscience.org/www.ucolick.org




segunda-feira, 22 de março de 2021

DISPARANDO LASERS PARA DOMAR O CÉU

  


Por que as estrelas cintilam? Nossa atmosfera é a culpada, pois bolsões de ar levemente fora da temperatura, em movimento constante, distorcem os caminhos da luz de objetos astronômicos distantes. 

A turbulência atmosférica é um problema para os astrônomos porque embaça as imagens das fontes que desejam estudar. O telescópio caracterizado nesta imagem, localizado na ESO ‘s Paranal Observatory , está equipado com quatro lasers para combater essa turbulência . 

Os lasers são ajustados para uma cor que excita os átomos que flutuam alto na atmosfera da Terra - o sódio deixado pelos meteoros que passam. Essas manchas brilhantes de sódio atuam como estrelas artificiais cujo cintilar é imediatamente registrado e passado para um espelho flexível que se deforma centenas de vezes por segundo, neutralizando a turbulência atmosférica e resultando em imagens mais nítidas . 

O de-cintilante de estrelas é um campo em desenvolvimento de tecnologia e permite, em alguns casos, Hubble - classe imagens a serem tomadas a partir do solo. Essa técnica também levou a aplicações derivadas na ciência da visão humana , onde é usada para obter imagens muito nítidas da retina.

Crédito e copyright da imagem: Juan Carlos Muñoz / ESO ; Texto: Juan Carlos Muñoz


segunda-feira, 15 de março de 2021

GALÁXIA DE INTERAÇÃO SELVAGEM DO HUBBLE

 

O que está acontecendo com esta galáxia espiral? 

Embora os detalhes permaneçam incertos, certamente tem a ver com uma batalha em andamento com seu vizinho galáctico menor. A galáxia apresentada é rotulada UGC 1810 por si só, mas junto com seu parceiro de colisão é conhecida como Arp 273 . 

A forma geral do UGC 1810 - em particular seu anel externo azul - é provavelmente o resultado de interações gravitacionais violentas e selvagens. A cor azul desse anel é causada por estrelas massivas que são azuis quentes e se formaram apenas nos últimos milhões de anos. 

A galáxia interna parece mais velha, mais vermelha e cheia de fios poeira filamentar. Algumas estrelas brilhantes aparecem bem no primeiro plano, não relacionadas com UGC 1810, enquanto várias galáxias são bem visíveis no fundo. Arp 273 fica a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância em direção à constelação de Andrômeda. 

Muito provavelmente o UGC 1810 devorará seu ajudante galáctico ao longo do próximo bilhão de anos e se estabelecerá em uma forma espiral clássica .


sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

A ORIGEM DO XADREZ


A história do xadrez tem origem controversa, mas é possível afirmar que o jogo foi inventado na Ásia. Atualmente, a versão amplamente difundida é a de que teria surgido na Índia com o nome de Chaturanga e dali se espalhou para a China, Rússia, Pérsia e Europa, onde se estabeleceram as regras atuais.Wikipedia (PT)

Um dos primeiros registros literários sobre o xadrez é o poema persa Karnamak escrito no século VI, e, a partir desta época, sua evolução é melhor documentada e amplamente aceita no meio acadêmico. Após a conquista da Pérsia pelos árabes, estes assimilaram o jogo e o difundiram no ocidente levando-o ao norte da África e Europa e até as atuais Espanha e Itália por volta do século X, de onde se expandiu para o resto do continente chegando até a região da Escandinávia e Islândia. No oriente, o xadrez se expandiu a partir da sua versão chinesa, o Xiangqi, para a Coreia e Japão no século X.

por volta do século XV o jogo estava amplamente difundido pela Europa e, dentre as variantes existentes do jogo, a europeia foi a que mais se destacou devido à rapidez proporcionada pela inclusão da Dama e do Bispo. Apesar de já existir literatura anterior sobre o xadrez na época, foi neste período que começaram a surgir as primeiras análises de aberturas em virtude das novas possibilidades do jogo.

As partidas começaram a ser registradas com maior frequência e mais estudos da teoria do xadrez foram publicados. No século XVIII foram fundados os primeiros clubes para a prática do xadrez e federações esportivas na Europa e, em decorrência do grande número de pequenos torneios acontecendo por todo o continente, em 1851 foi realizado o primeiro torneio internacional em Londres. A popularidade das competições internacionais levou à criação do título de campeão mundial, vencido por Wilhelm Steinitz em 1886, e, em 1924, foi fundada a Federação Internacional de Xadrez (FIDE), em Paris, que organizou a primeira Olimpíada de Xadrez e o mundial feminino, vencido por Vera Menchik.

Com o avanço da computação a partir da década de 1950, começam a surgir os primeiros programas que jogam xadrez, que acompanharam a evolução do processamento de informação e introduziram o jogo na era moderna com competições on-line e acesso facilitado às análises das partidas

ORIGEM

A origem do xadrez ainda é motivo de debate entre os historiadores do enxadrismo, mas a teoria mais difundida é que tenha sido criado na Índia, durante o Império Gupta por volta do século VI. Esta teoria é atestada pelos primeiros registros literários persas e pela análise da etimologia das palavras empregadas no jogo e sua evolução conjunta com o xadrez.

Entretanto, teorias alternativas propõem que o xadrez tenha sido criado num período anterior, em diferentes localidades como China, Estas versões exploram evidências arqueológicas, militares literárias e recursos da filogenética para contestar a teoria indiana. As similaridades entre o chaturanga e o Xiangqi, considerado a versão chinesa do xadrez, são exploradas indicando que estes jogos poderiam ter se influenciado mutuamente através do contato entre as civilizações através da rota da seda, assimilando alguns aspectos de suas regras e formando versões híbridas, o que poderia remontar à Grécia Antiga e à conquista de Alexandre, o Grande, sobre a Ásia Menor no século a.C. Existe a perspectiva de que, no futuro, novas análises da literatura existente e descoberta de mais artefatos arqueológicos na Índia e China possibilitem esclarecer em definitivo a origem do xadrez.


ÌNDIA

Segundo Harold Murray, a análise filológica conecta o jogo com clareza à palavra chaturanga, que designava as quatro partes do exército indiano - bigas, elefantes, cavalaria e infantaria — desde o século V a.C. Inicialmente, o jogo era praticado sobre o tabuleiro do Ashtāpada, um outro jogo cujo significado foi estabelecido por volta do século II a.C. e sugeria um objeto familiar.

O chaturanga é considerado o jogo mais antigo com características essenciais da definição do jogo encontradas nas versões posteriores - dois jogadores se enfrentando em um arranjo inicial e simétrico das peças, com peças de movimentos diferentes e a vitória dependendo da captura de uma única peça. Não está claro se o chaturanga utilizava dados para designar seus movimentos, embora a grande maioria dos jogos indianos os utilizasse.

Uma das lendas a respeito da origem indiana do xadrez, contada no poema persa Chatrang nâmag (c. século VII) e no livro persa Épica dos Reis (c. século XI) relata que um rajá indiano enviou seu vizir Tâtarîtos à corte de Cosroes I Anôšag-ruwân, xá da Pérsia, com tributos e um desafio para descobrir as regras do chaturanga. Cosroes pediu por quatro dias para resolver o enigma, tendo obtido êxito no tempo previsto.

O livro Shāh-nāmeh descreve ainda mais duas lendas a respeito da origem do xadrez. A primeira conta a história do brâmane Sessa ibn Daher, que criou o jogo a pedido de um rajá indiano e, como recompensa, pedira um grão de trigo na primeira casa do tabuleiro, dobrando progressivamente a quantidade a cada nova casa.[nota 3] A outra história conta que o jogo foi inventado a pedido da mãe do rei Gav para provar que este não havia provocado a morte do irmão Talhend durante uma batalha, reconstituída sobre o tabuleiro.

CHINA

Uma teoria alternativa sustenta que o xadrez surgiu do Xiangqi ou de seus predecessores, que existiriam na China desde o século II a.C. David H. Li, um contador aposentado e tradutor de textos chineses antigos, formulou a hipótese de que o general Han Xin inspirou-se em uma versão anterior do jogo Liubo para desenvolver uma versão primitiva do xadrez chinês no inverno de 204–203 a.C.[23] O historiador alemão Peter Banaschak, entretanto, pontua que a teoria de Li não tem fundamento, afirmando que a obra "Xuanguai lu", escrita pelo ministro Niu Sengru (779–847) da dinastia Tang permanece como a primeira fonte aceita da variante chinesa Xiangqi.


 IRÂ

 Historiadores iranianos questionam a ausência de evidências arqueológicas indianas anteriores ao século IX, enquanto que evidências persas já foram encontradas a partir do século VI, como uma hipótese da origem do xadrez pertencer à Pérsia, atual Irão. De fato, apesar da literatura indiana anterior ao século VI ser rica, ela não faz menção específica ao chaturanga como nome de um jogo, sendo que as evidências mais claras neste sentido surgiram somente no século IX. A etimologia também não seria objetiva a respeito do uso da palavra em sânscrito chaturanga, que significaria somente "exército", não ficando claro se é uma referência ao xadrez ou a outro jogo. A influência persa na nomenclatura, de cuja língua (pahlavi) provém a maioria das palavras relacionadas ao xadrez, também é considerada como argumento a favor da teoria iraniana.

PÉRSIA

O poema Mâdayân î chatrang, ou simplesmente Chatrang nâmag, é a primeira evidência literária que descreve as peças de xadrez e a chegada do chaturanga na Pérsia, embora a datação do texto seja controversa - historiadores estimam que ele date entre os séculos VII e IX.

Por volta do século VII outro poema, Xusraw Kawadan ud redag, escrito na língua pahlavi, menciona o chaturanga, o Ashtāpada e o nard, antecessor do gamão. Cosroes foi o Xá da Pérsia de 531 a 579 e entre as possibilidades existentes, seria o primeiro a receber um conjunto de peças de xadrez da Índia.

Na região da Pérsia foram encontrados os vestígios arqueológicos mais antigos do jogo, localizados no sítio arqueológico de Afrassíabe, perto da cidade de Samarcanda, no atual Uzbequistão. As denominadas peças de Afrassíabe são sete em número (1 Rei, 1 Torre, 1 Vizir, 2 Cavalos e 2 Peões), com um tamanho médio de 3 cm de altura, e foram datadas do século VII.

As primeiras adaptações ao chaturanga foram a tradução do jogo, que passou a se chamar Chatrangue, e das peças que mantiveram o significado indiano de representar no jogo os quatro componentes do exército na época: bigas, cavalaria, elefantes montados e soldados além do soberano e seu conselheiro.[32] Os persas também introduziram expressões no jogo como Shāh, atual xeque, utilizado ao ameaçar o Rei adversário, Shāh-mat (xeque-mate) que o Rei foi emboscado, capturado ou morto, o que indica o término da partida[33] e Shāh-rukh, que indica uma ameaça dupla ao rei e à Torre, que até então era a peça mais forte.[34]

Desde o início o jogo foi popular, tendo sido criadas variantes citadas em diferentes manuscritos, como por exemplo o Murûj adh-dhahab e a enciclopédia Nafâ'is al-funûn, que descrevem um total de sete variantes praticadas na época, apesar de terem sido desenvolvidas já sob o domínio árabe sobre a Pérsia. A primeira descreve o xadrez oblongo, o xadrez decimal, o circular, celestial (al-Falakîya) e o limbo (al-Jawârhîya). A segunda descreve também o Xadrez cidadela (al-Husûn) e o xadrez grande (al-Kabîr) conhecido posteriormente como Xadrez de Tamerlão.

Os persas introduziram o Chatrangue no Império Bizantino por volta do século VII que foi assimilado sob o nome de zatrício (em grego: ζατρίκιον; romaniz.: zatrikion). Porém, a primeira evidência do zatrício do qual é possível estabelecer uma data correta é do século XII, em uma passagem da biografia do imperador Aleixo I Comneno, escrita por sua filha Ana Comnena. Não se conhece em detalhes as regras do jogo que era praticado na corte bizantina e com a derrocada do império em 1453, a versão existente do jogo foi substituída pela versão turca que viria a ser posteriormente substituída pela versão europeia.

A CONQUISTA ÁRABE

Quando os árabes dominaram a Pérsia, em 651, o profeta Maomé já havia falecido, o que provocou um longo debate entre os teólogos islâmicos sobre a legalidade da prática do jogo. Por fim, permitiu-se suas práticas sob determinadas condições, que incluíam não ser apostado, não levar a disputas ou linguajar impróprio e não representar as peças figurativamente.[38]

O jogo tornou-se popular entre califas, como Harune Arraxide, que patrocinavam os melhores jogadores de sua corte, e, no final do século IX, já era amplamente aceito e difundido no mundo árabe, sendo levado para o norte da África, Sicília e Península Ibérica. Surgiram então os primeiros grandes jogadores, notáveis em suas épocas, pela capacidade de jogar mesmo dando vantagens de peões até torres para seus adversários. Al-Adli, Rasis e Alçuli foram os grandes nomes deste período, tendo-se destacado tanto no xadrez como nas artes e ciências.[39][40]

Os árabes foram os primeiros a estudar com um método analítico as fases do jogo de aberturas, meio-jogo e finais, buscando explorar as fraquezas existentes em cada uma delas. Criaram inúmeros problemas, denominados mansūbāt, representando os finais típicos de uma partida, com a utilização das regras do Xatranje, versão arabizada do Chatrangue persa. Desde período também é a primeira referência a uma partida de xadrez às cegas, relatado por Alçafadi num manuscrito árabe do século XIV.


EXPANSÃO PELA ÀS IA

A análise etimológica das peças de xadrez indica que o xadrez foi introduzido na Rússia a partir do Chatrangue, de origem persa. Enquanto na Europa a figura do fers já havia sido transformada na Rainha, a peça permanecia masculinizada na Rússia como ferz, e o Bispo e a Torre figurados como um elefante e um barco, respectivamente. As evidências arqueológicas mais importantes foram escavadas na cidade de Novgorod, indicando que o jogo foi introduzido por volta do século IX.

Quando os europeus tiveram contato com a cultura russa, o jogo já estava plenamente estabelecido e a versão europeia das regras lentamente substituiu as regras do Chatrangue, embora ainda no século XVIII algumas tribos no extremo oriente fizessem uso das regras antigas. Assim como no Europa, a monarquia também demonstrava interesse pelo jogo, patronando os melhores jogadores. Os czares Ivã IV da Rússia, Catarina, a Grande e Pedro I da Rússia estão entre os monarcas que demonstraram tal interesse.

A teoria atual do xadrez estabelece que o Xiangqi seja o resultado da assimilação do chaturanga. O objetivo da variante chinesa é similar ao jogo indiano, i.e. capturar o Rei do oponente, que é denominado "general". O xiangqi também incorpora elementos do jogo de tabuleiro Go, conhecido na China desde o século VI a.C., no qual as peças são movidas nas interseções das linhas do tabuleiro, ao invés das casas. No xadrez chinês as peças têm usualmente a forma de disco, como no jogo de Damas, sendo diferenciadas por ideogramas na parte superior.[43] Na China, o chaturanga foi possivelmente introduzido pela rota da seda entre a região de Caxemira e o Império Chinês por volta do século VIII. Entretanto, posteriormente o império chinês se fechou ao contato externo, dificultando a penetração do jogo, o que só foi modificado após a Segunda Guerra Mundial e o estreitamento das relações externas com a União Soviética.

EUROPA

O Xatranje foi introduzido na Europa pelos árabes por volta do século X, através da conquista da Espanha, onde rapidamente se popularizou, alcançando todo o continente europeu já no final do século XI. As restrições religiosas à prática do xadrez se mantiveram, apesar de continuarem a serem desobedecidas tanto pela corte europeia quanto pelo clero. O primeiro registro literário em solo europeu, o poema Versus de Scachis, encontrado num monastério na Suíça, descreve o movimento das peças de xadrez, as regras do jogo e o tabuleiro com o padrão dicromático empregado atualmente. As regras descritas ainda eram as mesmas do Xatranje; entretanto, este poema faz primeira menção à Dama (Regina, em latim), embora ainda com os mesmos movimentos do fers e regras diferentes para a promoção do peão, que impediam duas Damas sobre o tabuleiro, visando manter a monogamia real.

Assim como entre os teólogos islâmicos, a prática do xadrez foi discutida entre os teólogos católicos e proibida, apesar das divergências da interpretação do direito canónico. Uma carta entre Pedro Damião, Bispo de Óstia em aproximadamente 1061, para o Papa eleito Alexandre II discutia o assunto.[48][49] Até aproximadamente o século XIV, a prática do xadrez foi proibida em várias ocasiões em diferentes países (França, Rússia, Inglaterra e Alemanha) e religiões (Igreja Ortodoxa,[50] judaísmo[48] e catolicismo[49]).

Lentamente, o jogo começou a ser aceito pela nobreza, sendo considerado um entretenimento apropriado para cavaleiros, soldados, cruzados e menestréis.

Era permitido também que um homem visitasse o quarto de uma Dama com a intenção de jogar xadrez.

 Por volta de 1250 surgiram os primeiros sermões que utilizavam o xadrez como uma metáfora para o ensino de ética e moral. Estes trabalhos eram denominados moralidades e se tornaram muito populares na época. A primeira obra do gênero foi Quaedam moralitas de scaccario per Innocentium papum ("A Moralidade Inocente"), de autoria atribuída ao Papa Inocêncio III (1163-1216), um prolífico escritor de sermões, e posteriormente a um frei franciscano chamado João de Gales (1220-1290). Na segunda metade do século XIII, o monge Jacobus de Cessolis publicou os sermões Liber de Moribus Hominum et Officiis Nobilium Sive Super Ludo Scacchorum ("Livro de costumes dos homens e deveres dos nobres ou o livro de xadrez"), um trabalho que se tornou muito popular, sendo traduzido para várias línguas e a base do livro The Game and Playe of the Chesse, um dos primeiros livros impressos na língua inglesa.

ORIGEM DO JOGO MODERNO

Por volta do final do século XV, o jogo sofreu a principal alteração de sua história, com a substituição dos lentos Fers e Fil pela Dama e Bispo, respectivamente. Esta nova versão do jogo surgiu no sul da Europa e rapidamente se popularizou pelo continente, tornando obsoleto todo o conhecimento adquirido previamente sobre a teoria de aberturas e finais em virtude da grande mobilidade das novas peças. Surgiram então as primeiras análises e livros contemplando novas regras de Luis Ramírez de Lucena em Repetición de Amores y Arte de Axedrez (1497), do português Pedro Damião em Questo Libro e da Imparare Giocare a Scachi (1512) e de Ruy López de Segura em Libro de la Invención Liberal y Arte del Juego del Axedrez (1561), sendo este último o mais forte jogador da época[54] e primeiro a formalizar as regras do roque num único movimento e a captura en passant.outros nomes surgiram como Paolo Boi, Polerio e Greco que eram patronados em diferentes cortes, produzindo uma grande variedade de manuscritos com novas teorias em aberturas.


As escolas de pensamento

Em 1749, Philidor publicou seu livro L'analyse des échecs, discutindo em detalhes a estratégia como um todo e a importância da estrutura de peões no jogo como um fator posicional. Seu livro incluía catorze partidas fictícias e várias anotações de meio jogo discutindo características como peões isolados, dobrados, atrasados, passados e ilha de peões.

Philidor foi o melhor enxadrista de seu tempo e seu livro permaneceu uma obra de referência do xadrez moderno por mais de um século, sendo traduzido para vários idiomas.[58] Suas ideias deram base para a primeira escola de pensamento do xadrez, a Escola de Philidor. Apesar disto, a escola italiana, desenvolvida por Ponziani, Lolli e Del Rio por volta de 1750, preconizavam, em oposição a Philidor, um desenvolvimento rápido das peças e o ataque direto sobre o Rei adversário, dominando o desenvolvimento da teoria até o final da década de 1840.

Nesse mesmo período, surgiram em Londres e Paris as primeiras cafeterias que popularizaram a prática do jogo. O Slaughter's (em Londres) e o Café de la Régence (em Paris) presenciaram os primeiros confrontos entre os melhores jogadores do período, como Stamma, Kermeur e Philidor. Já no início do século XVIII, surgiram os primeiros estabelecimentos voltados exclusivamente para a prática do xadrez, os clubes de xadrez em Londres, Praga, Viena e Paris. Isto aumentou a necessidade de formalização das regras, visando a realização de torneios nas agremiações - a partir de 1803 os clubes começaram a publicar seus conjuntos de regras.

Por volta da década de 1840, o centro do xadrez europeu ainda era na França, que detinha os melhores jogadores da época, como Bourdonnais e Saint-Amant. Porém, após a vitória de Staunton sobre o último, a Inglaterra ascendeu como centro mundial do xadrez, iniciando a escola de pensamento inglesa.Lasa, Staunton e Jaenisch (de modo independente) publicaram os primeiros livros de regras para o xadrez no final deste período, que foram a base das competições subsequentes. Lasa foi co-autor do Handbuch des Schachspiels (1843), utilizado na língua alemã, e Staunton publicou o livro Chess Praxis (1860).

NASCIMENTO DO ESPORTE

Em 1851 foi disputado em Londres o primeiro internacional, vencido por Adolf Anderssen. A partir de então, vários torneios foram realizados nas principais cidades da Europa, como Londres (1862), Paris (1867), Baden-Baden (1870), Viena (1873),Berlim (1881) e Hastings (1895).

Nesse período surgiram também os primeiros enxadristas profissionais, primeiro em Londres, principal centro do xadrez na época, e depois em outras cidades. Inicialmente, estes jogadores disputavam partidas em seus clubes, muitas vezes em simultâneas e às cegas, cobrando pequenos valores por isso. Com os torneios se popularizando, os melhores jogadores dedicaram-se a estas competições, como Joseph Henry Blackburne, Louis Paulsen, Wilhelm Steinitz, Johannes Zukertort, Cecil Valentine De Vere, Szymon Winawer, Isidor Gunsberg, Mikhail Chigorin, Samuel Rosenthal e Johannes Minckwitz.

Em 1886 foi disputado entre Steinitz e Zukertort a primeira disputa oficial pelo título de campeão mundial, apesar do termo já ter sido empregado anteriormente. Steinitz, o melhor jogador da época, venceu a disputa e manteve o título até 1894 quando foi derrotado por Emanuel Lasker. Surgem então novos jogadores, além de Lasker, que utilizavam um estilo de jogo mais posicional, conhecido como escola moderna do xadrez, com nomes como: Siegbert Tarrasch, Frank Marshall, Dawid Janowski, Carl Schlechter, Akiba Rubinstein, Harry Nelson Pillsbury e Géza Maróczy.

Apesar dos primeiros conceitos da escola ortodoxa terem sido propostos por Steinitz, considerado fundador desta, somente essa geração de jogadores reconheceu os trabalhos de Steinitz, incluindo Lasker, seu sucessor. Surgiu então o prodígio cubano José Raúl Capablanca, que conquista o título mundial de Lasker em 1921, pondo um fim no domínio germânico de jogadores europeus. Capablanca manteve uma invencibilidade de oito anos em competições, sendo considerado ídolo do esporte e derrotado somente em 1927 por Alexander Alekhine.

Após a Primeira Guerra Mundial, o xadrez começou a ser revolucionado por um novo estilo, determinado hipermoderno, dos teóricos Richard Réti, Savielly Tartakower, Gyula Breyer e notoriamente Aaron Nimzowitsch, principal autor desta escola com a obra Mein System (Meu Sistema), que preconizava o controle do centro à distância e a utilização dos bispos flanqueados e Aberturas Abertas.

SURGIMENTO DA FIDE

A partir do torneio de São Petersburgo de 1914, cresceram as iniciativas para a criação de uma entidade reguladora para o esporte. Finalmente, foi criada a FIDE, em 1924. O primeiro evento organizado pela entidade foi a Olimpíada de Xadrez, vencida pela equipe húngara, e o Campeonato Mundial Feminino de Xadrez vencido por Vera Menchik, realizados em Londres no ano de 1927.

Os congressos da FIDE de 1925 e 1926 já manifestavam o interesse de organizar também o mundial masculino, porém o fundo de premiação de $10.000 dólares exigido por Capablanca era impraticável pela entidade, que decidiu criar um título em paralelo de "Campeão da FIDE" em 1928. Bogoljubow venceu a disputa contra Euwe, entretanto foi esquecido após sua derrota no mundial seguinte de 1929 contra Alekhine, então campeão mundial após ter derrotado Capablanca no ano de 1927. Alekhine concordava em disputar o título sob organização da FIDE, exceto contra Capablanca, onde exigia as mesmas condições da partida realizada em 1927.

Após a revolução russa, os líderes da recém formada União Soviética incentivaram o ensino do xadrez para as grandes massas para treinamento da mente e preparo para a guerra em tempos de paz. O Estado tomou controle da organização de competições, incluindo eventos internacionais como em Moscou em 1925. O incentivo governamental propiciou a criação da Escola soviética de xadrez, liderada pelo futuro campeão mundial Mikhail Botvinnik. A escola soviética preconizava um preparo psicológico e físico que incluía também análise minuciosa das partidas dos oponentes para explorar as fraquezas e fortalecer sua própria estratégia para o confronto.

XADREZ NA UNIÃO SOVIÉTICA

Após a Segunda Guerra Mundial, a FIDE reiniciou suas atividades com a organização do mundial de 1946. Entretanto, Alekhine faleceu antes da competição, deixando o título vago. Então, no congresso da entidade de 1947, foram decididos os participantes de um torneio que apontaria o novo campeão mundial, agora contando com o apoio da federação soviética. A FIDE indicou Paul Keres, Reuben Fine, Mikhail Botvinnik, Samuel Reshevsky, Vasily Smyslov e Max Euwe para a disputa do ano seguinte.

Botvinnik venceu o torneio, dando início a uma era de campeões mundiais soviéticos até a década de 1990. Este domínio foi apenas interrompido em 1972, no auge da guerra fria, quando o prodígio estadunidense Bobby Fischer se tornou campeão ao derrotar Boris Spassky. O confronto, apelidado de Match of the Century, teve grande repercussão na mídia, provocado um significativo aumento do interesse pelo xadrez, sobretudo nos Estados Unidos. Entretanto, Fischer não viria a defender o título em 1975 devido à FIDE ter recusado aceitar as condições para a realização da partida por ele propostas, sendo o título concedido ao desafiante Anatoly Karpov.

Karpov defendeu seu título com sucesso três vezes, sendo derrotado em 1985 para Garry Kasparov, que se tornou o mais jovem campeão mundial de todos os tempos.Kasparov defendeu o título com sucesso três vezes contra Karpov. Porém, em 1992, quando defenderia o título contra Nigel Short, rompeu com a FIDE vindo a fundar com o desafiante Short a PCA com o objetivo de regular a disputa do título mundial. Kasparov e Short alegaram que a FIDE não os incluiu nas negociações com os patrocinadores para disputa do match, sendo este o motivo para fundarem a associação rival. Financiada pela Intel, a PCA organizou duas disputas do título em 1993, no qual Kasparov manteve o título contra Short, e em 1995 no qual novamente Kasparov manteve o título contra Anand. A FIDE continuou a organizar a disputa do título mundial, e em 1993 Karpov recuperou o título disputado contra Jan Timman. Com o colapso da PCA em 1997 devido à falta de patrocinadores, iniciaram-se as discussões para reunificação do título que ocorreu em 2006 quando Vladimir Kramnik, campeão pela PCA, venceu Veselin Topalov da FIDE. O atual campeão é Magnus Carlsen, que conquistou título em 2013.


ATUALIDADE

Ao longo do tempo, o duelo entre as máquinas (computadores) e o homem foi-se acentuando, e o xadrez não foi exceção. As primeiras tentativas desta interação datam do século XIX, com tentativas de notação automática de uma partida através de dispositivos eletromagnéticos sobre o tabuleiro, conectados a um dispositivo de impressão. Com o advento dos primeiros computadores no início de 1950, os cientistas da computação logo iniciaram o desenvolvimento de programas dedicados ao xadrez.] Com o avanço da informática, os motores mais sofisticados passaram a incluir funções de avaliação, considerando a posição das peças de modo a buscar na árvore de possibilidades um lance ótimo de acordo com a estratégia do jogo. Em 1974 foi disputado o primeiro campeonato mundial dedicado exclusivamente a computadores, vencido pelo programa soviético Kaissa. A partir de então, tais competições tornaram-se rotineiras e com o avanço da computação, o confronto homem-máquina atingiu o nível dos Grandes Mestres: Bent Larsen foi derrotado em 1988 por um computador em um torneio.

Em 1997, o supercomputador Deep Blue venceu Kasparov, campeão mundial pela PCA, em um match de seis partidas. O confronto teve grande cobertura da imprensa e foi considerado por Frederic Friedel como "o mais espetacular evento da história do xadrez". Entretanto, Kasparov questionou alguns dos movimentos realizados no computador especificamente no jogo dois, suscitando dúvidas a respeito da intervenção humana durante as partidas, o que foi negado pela IBM. Desde então, tornaram-se mais frequentes as vitórias de softwares para a prática do xadrez contra Grandes Mestres, mesmo em computadores com capacidade de processamento inferiores a de Deep Blue.]

Pesquisa: Internet e Wikipédia

quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

O monstro da matemática | Os Mistérios da Matemática #1

A ORIGEM DA MATEMÁTICA

Como surgiu matemática?

Na Pré História, na medida que o homem começou a adquirir raciocínio, ele sentiu a necessidade de contar e medir as coisas que via e fazia, e, começando pelos dedos das mãos, (10), começou a contar a caça e as estrelas que via no céu,Aos poucos foi desenvolvendo um sistema de contagem numérica e, na medida que aprendia e descobria foi passando para seus descendentes.Posteriormente, a partir do momento em que se tornou sedentário, precisou saber a quantidade de alimentos que necessitaria para comer. Também deveria entender como e quando ocorriam as estações do ano, pois isso significava saber em que época deveriam plantar e colher.Por isso, a matemática não teve nenhum inventor, mas foi criada a partir da necessidade das pessoas em medir e contar objetos


A MATEMÁTICA NO MUNDO OCIDENTAL

No mundo ocidental, a Matemática tem sua origem no Antigo Egito e no Império Babilônico, por volta de 3500 a.C.Ambos os impérios desenvolveram um sistema de contagem e medição a fim de poder cobrar impostos dos seus súditos, organizar o plantio e a colheita, construir edificações, entre outras funções.


IMPÉRIO BABILÔNICO

A formação da matemática na Babilônia está ligada à necessidade controlar os impostos arrecadados.Os babilônicos não utilizaram o sistema decimal, pois não usavam apenas os dedos das mãos para contar. Eles se serviam das falanges da mão direita e continuavam a contagem na mão esquerda, e assim contabilizavam até 60.

Este sistema é chamado sexagenal e é a origem da divisão das horas e dos minutos em 60 partes. Até hoje, dividimos um minuto por 60 segundos e uma hora, por 60 minutos.Por sua vez, os babilônicos criaram um sistema de numeração cuneiforme e o escreviam os símbolos em tábuas de argila.

Veja a tabela abaixo com números babilônicos:


OS EGIPCIOS

Os egípcios empregaram a matemática para observar os astros e criar o calendário que usamos no mundo ocidental.A partir do movimento do Sol e da Terra, eles distribuíram os dias em doze meses ou 365 dias. Igualmente, estabeleceram que um dia tem duração aproximada de vinte e quatro horas.

Deste modo se desenvolveram modelos para determinar o tamanho das terras. Para isso, eles usaram partes do corpo humano para estabelecer medidas como os pés, o antebraço e o braço.Igualmente, elaboraram uma escrita onde cada símbolo correspondia 10 ou a múltiplos de 10. Importante lembrar que este sistema corresponde aos dez dedos que temos nas mãos.

Observe abaixo o sistema de numeração egípcia:


GRÉCIA

A matemática na Grécia Antiga engloba o período do séc. VI a.C. até o séc. V d.C.Os gregos usaram a matemática tanto para fins práticos como para fins filosóficos. Aliás, um dos requisitos do estudo da filosofia era o conhecimento da matemática, especialmente da geometria.

Eles teorizaram a respeito da natureza dos números, classificando-os em pares e ímpares, primos e compostos, números amigos e números figurados.Desta maneira, os gregos conseguiram fazer da matemática uma ciência com teoria e princípios. Vários matemáticos gregos criaram conceitos que são ensinados até hoje como o Teorema de Pitágoras ou o Teorema de Tales.

O Teorema de Tales


OS ROMANOS

Os romanos continuaram a aplicar todas as descobertas dos gregos em suas construções, como os aquedutos, na enorme rede de estradas ou no sistema de cobrança de impostos.Os números romanos eram simbolizados por letras e seu método de multiplicação facilitou o cálculo de cabeça. Atualmente, os números romanos estão presentes nos capítulos de livros e para indicar os séculos.

Veja abaixo os algarismos e sua equivalência escrita em números romanos:


IDADE MÉDIA

Durante o período conhecido como Alta Idade Média, a matemática foi confundida com superstição e não era um campo do saber valorizado pelos estudiosos.No entanto, isso se modifica a partir do séc. XI. Por isso, longe de ser uma "idade as trevas", neste período os seres humanos continuaram a produzir conhecimento.


IDADE MODERNA

Na Idade Moderna, foram estabelecidos os sinais de adição e subtração, expostos no livro "Aritmética Comercial" de João Widman d'Eger, em 1489.Antes, as somas eram indicadas pela letra "p", da palavra latina "plus". Por outro lado, a subtração era sinalizada pela palavra "minus" e mais tarde, sua abreviação "mus" com um traço em cima.A matemática acompanhou as mudanças que as ciências passaram no período conhecido como Revolução Científica.

 Um dos grandes inventos será a calculadora, realizada pelo francês Blaise Pascal. Além disso, ele escreveu sobre geometria no seu "Tratado do Triângulo Aritmético" e sobre fenômenos físicos teorizados no "Princípio de Pascal", sobre a lei das pressões num líquido.

O francês René Descartes contribuiu para o aprofundamento da geometria e do método científico. Suas reflexões ficaram expostas no livro "Discurso do Método", onde defendia o uso da razão e da comprovação matemática para chegar à conclusões sobre a causa dos fenômenos naturais.Por sua parte, o inglês Isaac Newton descreveu a lei da gravidade através dos números e da geometria. Suas ideias consagraram o modelo heliocêntrico e até hoje são estudadas como as Leis de Newton.

Geraldo de Azevedo

Pesquisa Internet


terça-feira, 8 de dezembro de 2020

ARP-142

 


O que está acontecendo com esta galáxia espiral? Apenas algumas centenas de milhões de anos atrás, NGC 2936, a parte superior das duas grandes galáxias mostradas, era provavelmente uma galáxia espiral normal - girando, criando estrelas - e cuidando de seus próprios negócios. Mas então ele se aproximou demais da massiva galáxia elíptica NGC 2937 abaixo e deu um mergulho.

 Chamada de Galáxia Porpoise por sua forma icônica, a NGC 2936 não está apenas sendo desviada, mas também distorcida pela interação gravitacional próxima. Uma explosão de jovens estrelas azuis forma o nariz da toninha à direita da galáxia superior, enquanto o centro da espiral aparece como um olho. Alternativamente, o par de galáxias, conhecido como Arp 142, parece para alguns um pinguim protegendo um ovo. 

De qualquer forma, intrincadas faixas de poeira escura e brilhantes riachos de estrelas azuis seguem a galáxia problemática para o canto inferior direito. A imagem reprocessada em destaque mostrando o Arp 142 em detalhes sem precedentes foi obtida pelo Telescópio Espacial Hubble no ano passado. A Arp 142 fica a cerca de 300 milhões de anos-luz de distância em direção à constelação, coincidentemente, da Serpente Aquática (Hydra). Em aproximadamente um bilhão de anos, as duas galáxias provavelmente se fundirão em uma galáxia maior.
Fonte: Nasa

domingo, 29 de novembro de 2020

GALÁXIA M106

 


O que está acontecendo no centro da galáxia espiral M106? Um disco giratório de estrelas e gás, a aparência do M106 é dominada por braços espirais azuis e faixas de poeira vermelha perto do núcleo, como mostrado na imagem apresentada. 

O núcleo do M106 brilha intensamente em ondas de rádio e raios-X, onde jatos gêmeos foram encontrados percorrendo toda a galáxia. Um brilho central incomum torna M106 um dos exemplos mais próximos da classe de galáxias Seyfert, onde se pensa que grandes quantidades de gás brilhante estão caindo em um buraco negro massivo central.

M106, também denominado NGC 4258, está a cerca de 23,5 milhões de anos-luz de distância, mede 60 mil anos-luz de diâmetro e pode ser visto com um pequeno telescópio em direção à constelação dos Cães Caçadores (Canes Venatici).

Fonte: Nasa

JÚPITER


O que Júpiter parece de perto? A maioria das imagens de Júpiter são tiradas de longe, seja da Terra ou de uma distância grande o suficiente para que quase metade do planeta seja visível. Esta foto, porém, foi composta de imagens tiradas relativamente perto, onde menos da metade do planeta era visível. A partir daqui, Júpiter ainda parece esférico, mas a distorção de perspectiva agora o faz parecer mais uma bola de gude. 

Visíveis no topo das nuvens de Júpiter estão um cinturão horizontal escuro proeminente contendo uma nuvem oval branca e uma nuvem de zona branca, ambas circundando o planeta. A Grande Mancha Vermelha aparece no canto superior direito. 

A imagem apresentada foi tirada pela sonda robótica Juno em fevereiro durante sua 17ª passagem próxima do maior planeta do nosso Sistema Solar. A missão de Juno, agora estendida até 2021, é estudar Júpiter de novas maneiras. Os dados de Juno já permitiram descobertas que incluem o campo magnético de Júpiter sendo surpreendentemente irregular, e que alguns dos sistemas de nuvem de Júpiter correm cerca de 3.000 quilômetros para dentro do planeta.

Fonte: Nasa

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

GALÁXIA NGC 5907



Grandes correntes de maré de estrelas parecem circundar a galáxia NGC 5907.
 As estruturas em arco formam loops tênues que se estendem por mais de 150.000 anos-luz da espiral estreita, também conhecida como Galáxia Splinter ou Knife Edge. 

Registrados apenas em exposições muito profundas, os fluxos provavelmente representam a trilha fantasmagórica de uma galáxia anã - detritos deixados ao longo da órbita de uma galáxia satélite menor que foi gradualmente dilacerada e fundida com a NGC 5907 há mais de quatro bilhões de anos.
 
Em última análise, esta imagem de descoberta notável, de um pequeno observatório robótico no Novo México, suporta o cenário cosmológico em que grandes galáxias espirais, incluindo nossa própria Via Láctea, foram formadas pelo acréscimo de outras menores. 
NGC 5907 fica a cerca de 40 milhões de anos-luz de distância na constelação de Draco ao norte.
fonte:Nasa

quarta-feira, 25 de novembro de 2020

COVID-19


A humanidade está sob ataque. O ataque não é de grandes alienígenas com tentáculos, mas de invasores tão pequenos que mal podem ser vistos, e tão estranhos que nem mesmo estão claramente vivos. Por todo o planeta Terra, o mundo natal dos humanos, humanos baseados em DNA estão sendo invadidos pelo SARS-CoV2 baseado em RNA. 

O vírus, que cria uma doença conhecida como COVID-19, é especializado em reprogramar células humanas em zumbis que fabricam e liberam cópias de si mesmo. Retratado aqui é uma imagem de alta ampliação de uma célula humana coberta pelo ataque de novo coronavírus SARS-CoV2 (laranja). 

Batalhas épicas em que duas espécies se enfrentam em uma luta até a morte não são incomuns na Terra, com várias envolvendo apenas humanos normalmente em andamento a qualquer momento. Mesmo assim, prevê-se que a maioria dos humanos sobreviva. Depois de vários anos, a humanidade espera vencer esta guerra - mas somente depois que milhões de humanos morreram e trilhões de coronavírus foram destruídos.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

UMA REDAÇÃO ORIGINAL




Estavam na posição de primeira e segunda pessoas do singular: ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente... Era o verbo auxiliar do edifício ! Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história. Os dois se olharam, e viram que isso era  melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente ! Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto.

Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.”

Fonte: Internet


segunda-feira, 25 de maio de 2020

MINHA AMADA




Hoje inicio um novo dia
Serei outro e te amarei com amor infinito, 
Tu serás a minha musa imortal, 
a quem entregarei minha alma e meu amor!

Minha vontade é a tua!  E meu destino o teu,
És a minha Deusa, Teu desejo é o meu,
e nem um só minuto e nem um só segundo.
deixarei de seguir-te onde quer que tu fores.

Seja a trilha coberta de espinhos ou flores,
te aureole a fronte a glória e te sirva de riqueza,
ou vivas no abandono e sofras na pobreza.
Creio na tua força e no teu pensamento! 

Faço dela um arrimo, e tenho nele o alento 
da única razão que dirige meus atos insensatos.
Orgulho-me de ser a matéria plasmável 
onde o meu gênio inquieto, nervoso, e teimoso, 
há de criar uma obra à tua semelhança!

Tudo é novo  é belo para mim, e tudo prende e atrai,
Junto a ti sou feliz e me sinto uma criança, 
fascinado e atraído pela tua palavra alegre e doce!

E se me falas da vida ou se o mundo desvenda 
os palavras que ressoam na alma como ecos
de um  botão de rosa que se abre a uma gota de orvalho.
Há em tudo uma  nova vida! Há em tudo um novo horizonte!

Tantas vezes te ouvi! E sempre o mesmo espanto quando 
tu me dizias, que era tarde, era a hora de dormir, 
e que te ias embora...Muitas vezes, deitado, 
eu rezava baixinho uma prece para o meu amor.

Com os teus cabelos farei  a rede
Onde adormecerás feliz, imaginando,
Que é a noite que te embala sussurrando;
E com meus beijos de amor matarei tua sede,

Edificarei com os meus braços o ninho amoroso
Em que terás de  volta o desejado amor.
A acariciar de leve os teus cabelos, 
meu coração mais forte há de pulsar...

Quando o sol iluminar a copa das árvores, 
Com o meu corpo farei  sombra para o teu,
Eu te darei o mais terno carinho 
como o vento que sopra de mansinho. 
E se sentires frio, em meu corpo terás calor!

O amor é uma febre e a saudade uma doença .
Não te rias, - Dirás que digo bobagens, 
mas se entenderes tudo, ou se sentires a alegria 
que eu sinto ao te falar assim, 
talvez  não te  rias, meu amor.
E que as lágrimas de ontem, enxuguem-se ao calor
de meu infinito amor!

Geraldo de Azevedo